O BATISMO DE JESUS: O DEUS TRINO DÁ INÍCIO À MISSÃO
Pais criam
filhos que inicialmente dependem deles. Os filhos crescem, tornam-se
independentes e estabelecem-se na sociedade. Os pais, agora com os filhos
adultos, alegram-se neles, realizam-se neles. Em um sentido infinitamente
maior, é o que acontece aqui no texto de Lucas
3.21-22, no batismo de Jesus, em relação à Trindade.
Jesus foi
batizado no meio de uma multidão de pessoas que também foi batizada. O batismo
de Jesus é uma das maneiras pelas quais ele se identifica conosco. Jesus, com
este batismo, liga seu ministério (que vai começar) com o de João Batista. Ele
quer que fique claro que João Batista é a voz que prepara o caminho do Senhor e
que ele, Jesus, é o próprio Senhor que vem. Sem o batismo, não se percebe a
ligação clara entre Jesus e João Batista.
Enquanto era
batizado e depois, Jesus orava ao Pai. Ali era o início do seu ministério e ele
desejava muito conversar com o Pai. Este é um exemplo para nós. Busque ao Pai
em oração para saber qual deve ser a missão de sua vida. A oração deve ser
constante em nosso dia a dia, como forma de comunhão com o Pai.
Agora vem a ação
sobrenatural de Deus indicada pela abertura dos céus. Deus vai se manifestar acerca
dele em nosso favor. Deus está respondendo à oração que Jesus está fazendo.
A resposta de
Deus à oração dele começa com a vinda da 3ª pessoa da Trindade, o Espírito
Santo, para ajudar e guiar Jesus em sua missão. Jesus, o Filho, vai se submeter
a ele. Tudo que Jesus vier a fazer será feito na força e orientação do
Espírito. Se Jesus precisou do Espírito, que se dirá de nós? Como servir a Deus
se não for sob a direção do Espírito Santo? “Andai pelo Espírito” diz o
apóstolo Paulo (Gl. 5.16). Na vinda sobre Jesus, o Espírito Santo tornou-se
visível na forma de uma pomba.
Deus o Pai
manifesta-se falando num diálogo com o Filho que ele deseja revelar a nós.
Prepare-se, querido leitor, porque agora vamos entrar na intimidade da própria
Trindade Divina. Há 3 afirmações aqui:
1ª) “Tu és meu Filho”: Jesus é o Filho
de Deus por ter a mesma natureza divina que tem o Pai. Na língua grega do Novo
Testamento existem duas palavras para “filho”: uma é tekna e é usada para filhos pequenos, dependentes dos pais; a outra
é huios e é usada para os filhos adultos,
independentes dos pais. A palavra usada aqui é huios, ou seja, embora seja filho, Jesus é visto e tratado pelo Pai
como um igual, não inferior e nem subordinado. Outra coisa: Jesus, o Filho,
pertence ao Pai (tu és meu filho). O
significado deste pertencimento está na 2ª afirmação, que veremos a seguir;
2ª) “Tu és meu Filho amado”: Deus Pai ama seu Filho Jesus. É
uma declaração de amor do Pai ao Filho, que o está honrando ao vir a este mundo
salvar pecadores. Amor é o tipo de relacionamento natural, eterno e perfeito
dentro da Trindade. Há um amor eterno manifestando-se dentro do próprio Deus. É
por isto que o Deus Trino nos ama tão facilmente: Deus é amor!;
3ª) “Em ti, sinto prazer/alegria”: “em
ti” significa que o Pai está no Filho (Deus Pai é acolhido por Deus Filho). O
Pai sente um infinito prazer, uma eterna alegria em Jesus. Já sentia isto na
eternidade e agora, quando o Filho vem ao mundo cumprir a missão de trazer os
homens de volta para Deus, o Pai declara a todo o universo e a nós sua exultação
de alegria. Isto é esplêndido, é fantástico!
O que ocorre no batismo de Jesus é
uma pequena visão do mais profundo relacionamento, do infinito amor que permeia
as pessoas da Santíssima Trindade e que se derrama abundantemente para nós, a
fim de nos abençoar. Este derramar se dá na pessoa do Filho, Jesus Cristo, que
é o elo entre nós e a divindade, exatamente por participar dos dois lados.
Bendito seja Jesus Cristo, Senhor e Salvador nosso, por toda a eternidade!
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