JESUS VERSUS LEGIÃO
1ª PARTE: VENCER O MAL
1ª PARTE: VENCER O MAL
Quando meus filhos eram pequenos, eu assistia com eles a um programa chamado “Castelo Rá-Tim-Bum”. Era muito bom. Mas havia um quadro que me intrigava: um personagem chamado de “mal” andava pelos subterrâneos do castelo querendo fazer o mal e assustar as pessoas, mas nunca conseguia e era tido como alguém bom pelos outros. Eu desconfiava que fosse uma forma dos autores do programa passar para as crianças a mensagem de que o mal não existe. Algumas religiões trabalham com a ideia da inexistência do mal e de um ser que seja o mal, como o Diabo. O cristianismo, seguindo a Bíblia, fala que o mal está presente na sociedade e na vida do homem. Fala também da existência de seres que se tornaram maus em si mesmos e chama-os de demônios. Diz que eles têm um líder supremo: o Diabo. Que todos estão bem ativos neste planeta. O texto de Lucas 8.26-33 fala da luta de Jesus para vencer o mal na sociedade humana e dentro de cada um de nós.
Depois da experiência da tempestade, Jesus e seus apóstolos seguem para o outro lado do Lago de Genezaré (ou Mar da Galiléia). O lado oeste do lago não fazia parte de Israel. Eram terras gentias e eles desembarcaram próximos da cidade de Genezaré (v. 26). Assim que Jesus pisou em terra, ele viu um homem endemoninhado e mandou que o demônio saísse dele (v. 29a). Ao ouvir Jesus, este homem vai ao encontro de Jesus (v. 27a). O que caracteriza um homem dominado por um demônio? Ele perde o senso de moralidade (aquele homem andava nu); ele tem desejos por coisas relativas à morte (aquele homem morava nas sepulturas) (27b); ele torna-se violento com pessoas e coisas (aquele homem se soltava de todas as correntes que o prendiam); ele torna-se uma pessoa extremamente solitária pois é incapaz de gerar vínculos familiares e de amizade (v. 29b). Mesmo quando não há possessão, uma pessoa que apresenta estas características com intensidade está perigosamente sob a influência de demônios.
Assim que o homem chega perto de Jesus, ele se prostra diante dele (v. 28). Ele grita como um descontrolado e estabelece um diálogo com Jesus: “que queres comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes”. Na primeira parte deste diálogo, o demônio deixa claro que não há nada de comum entre ele e Jesus. Sem ninguém dizer nada, ele sabe o nome de Jesus e também quem é o pai de Jesus: o próprio Deus Altíssimo. Todos os demônios já sabiam quem Jesus era. Pede para não ser atormentado por Jesus. O juízo de Jesus é tortura para os demônios. O bem que Jesus faz é tormento para eles. Se somos de Jesus, não precisamos ter medo dos demônios, pois o poder está conosco. Eles é que têm de ter medo de nós. Não pega naquele que está firme em Jesus qualquer tipo de bruxaria, magia negra, encosto, macumba, mal olhado ou qualquer trabalho para o mal. Jesus é mais forte.
Jesus pergunta pela identidade do demônio: “qual é o seu nome?” (v. 30). Os demônios têm identidade individual. Mas também coletiva, pois ele responde: “legião, porque somos muitos”. Naquela época, uma legião romana era composta de aproximadamente 6.000 soldados. Isto significa que o homem incorporou muitos demônios em si próprio. Imagine a vida desgraçada dele. Imploraram a Jesus que, já que tinham de sair, que não os enviasse ao abismo (uma espécie de prisão deles) (v. 31). Nisto reconhecem a superioridade de Jesus. O medo do abismo era tão grande que pediram a Jesus para entrar em irracionais, pois havia uma grande manada de porcos no alto de um monte (v. 32). Jesus atendeu ao pedido deles (no próximo estudo, vamos ver o porquê de Jesus permitir). Os porcos, em grande número, não aguentam a presença dos demônios, ficam totalmente descontrolados, jogam-se no mar e morrem afogados (v. 33).
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