QUEM, ENTÃO, É ESTE?
Um dos poderosos
da época de Jesus é o rei Herodes. Ele se autoproclamava rei, mas na verdade
era um governador porque era submisso ao imperador romano. O Herodes da vida
adulta de Jesus era filho de Herodes, o Grande, aquele que mandou matar as
crianças de Belém (Mateus 2.1-18). Ele era um tetrarca (governador de quatro
províncias), sendo que uma delas era a Galiléia, onde Jesus realizava seu
ministério. Ele não era tão pérfido quanto seu pai, mas havia mandado matar o
profeta João Batista por um motivo fútil (Marcos 6.17-29). O texto de Lucas 9.7-9 fala-nos da tentativa de
Herodes de conhecer Jesus e, de um modo geral, como os poderosos e intelectuais
reagem a ele.
Informações
sobre Jesus chegam aos ouvidos do rei Herodes (v. 7,8). Jesus atuava em uma das
províncias sobre as quais ele era governador (Galiléia). Ao ouvir estas
notícias, ele ficou perplexo e pasmo por causa do sentimento de culpa, pois uma
das informações dizia que Jesus era João Batista ressuscitado. Havia três
informações acerca da identidade de Jesus circulando entre o povo e os
poderosos: 1ª) ele era João Batista ressuscitado; 2ª) ele era Elias que tinha
voltado; e 3ª) ele era um dos profetas antigos que tinha ressuscitado. Todas
eram respostas absurdas sobre a identidade de Jesus: ele e João Batista haviam
sido contemporâneos e, se fosse um dos profetas antigos, teria dito isto com
clareza. Mas há um aspecto de “má-fé” nestas três informações: todas elas
querem dizer que Jesus não é o Cristo, o Messias. O Cristo/Messias seria o
salvador do povo de Israel e bênção para os gentios. Se Jesus fosse um
daqueles, então ele seria apenas um anunciador do Messias que viria, não o
próprio Messias. Até hoje é assim: os poderosos, intelectuais e famosos deste
mundo, na sua grande maioria, acreditam em absurdos sobre Jesus, do tipo:
“Jesus teve um relacionamento com Maria Madalena e não morreu na cruz”, “Jesus
viajou para a Índia e o Egito, de onde obteve seu ensino”, “acharam o corpo de
Jesus em um túmulo onde havia seu nome junto com o de Tiago”, “Jesus era um
extraterrestre”, “Jesus foi um grande líder religioso de paz e amor junto com
Maomé, Buda, Confúcio, entre outros” etc. Todas estas opiniões são usadas para
fugir do confronto que o evangelho impõe com o verdadeiro Jesus e seu ensino.
Ao ouvir que
Jesus poderia ser João Batista ressuscitado, Herodes tinha um problema pessoal
adicional: sentimento de culpa, por haver mandado matar João Batista (v. 9a).
Por isto, procurava ver Jesus para ver se era João mesmo (9c). Os mortos deixam
memória que vai diminuindo com o tempo. Mas não para quem tem sentimento de
culpa! Não para quem pratica o mal! O mal praticado persegue a pessoa através
do sentimento de culpa. Era o que Herodes sentia e que o deixava perplexo. O
sentimento de culpa é uma sentença de morte autoimposta. Só há dois caminhos
para o sentimento de culpa: ou se encontra o perdão em Jesus Cristo ou se vive
para sempre angustiado, pagando uma pena que nunca termina. Leitor: se você
vive sob o peso de uma culpa, leve-a até Jesus em oração e peça o perdão para
ele. Se crer nele, você receberá o bálsamo do perdão que apaga todas as nossas
transgressões: “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e purificar de toda impureza” (1ª João 1.9).
A dúvida de
Herodes expressou-se nesta frase: “quem, então é este?” (v. 9b). Esta é a
pergunta básica do evangelho. Lucas e a Bíblia nos dão a resposta verdadeira:
Jesus é o salvador, que morreu por nós para pagar nossos pecados e agora nos dá
o perdão para nossas culpas, leva-nos para perto de Deus e nos dá a vida
eterna. A Bíblia sabe que há respostas erradas correndo por aí, mas não se
importa com isto. Importa que o evangelho, a resposta certa, seja anunciado. Os
poderosos deste mundo continuarão a ficar perplexos e o rejeitarão. Os pobres,
porém, o receberão. Leitor, você pode decidir o que quiser, mas tem de se
confrontar com a pergunta do evangelho: “você vai crer em Jesus como o Salvador
e Senhor da sua vida?”.
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