A RIQUEZA NÃO TRAZ FELICIDADE (2ª Parte)
A GRANDE TOLICE DE VIVER PARA ACUMULAR BENS
Com a globalização, uma parte do mundo se
enriqueceu, embora a maior parte continue na pobreza. Há pessoas em muitos
países do mundo, inclusive no Brasil, que têm tanta riqueza que já não
conseguiriam gastar tudo mesmo que vivessem 100 anos só para isto. Há muita
gente que trabalha demais com a finalidade de acumular bens e riquezas. O que
Jesus disse sobre este tipo de vida? É o que veremos no texto de Lucas 12.16-21.
Jesus estava conversando
com um homem da multidão dizendo-lhe que não iria fazer a partilha da herança
do pai dele. Neste diálogo, Jesus diz que “a vida de um homem não consiste na
quantidade dos seus bens” (v. 15). Para ilustrar seu ensino, Jesus conta uma
estória (parábola). Ele começa esta estória assim: “a terra de certo homem rico
produziu muito” (v. 16). Este homem já era rico e seu campo teve uma excelente
produção de grãos. Como administrador de suas terras, tinha que tomar uma
decisão diante desta situação. Continua Jesus: “ele pensou consigo mesmo: ‘o
que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita’. Então disse: ‘já sei o
que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali
guardarei toda a minha safra e todos os meus bens’” (v. 17-18). Este fazendeiro
conversava consigo mesmo porque ele não tinha amigos para conversar. Naquele
tempo e época, sempre que uma pessoa ia tomar uma decisão pessoal, conversava
com os outros moradores de sua comunidade. Este homem, não! Ele não tinha
amigos com quem compartilhar a vida, era um solitário. O problema que ele se
propõe é: “onde vou armazenar minha colheita?”. A opção dele foi destruir os
atuais celeiros e construir maiores. Observe algumas características deste
fazendeiro. Em primeiro lugar, ele enfatiza sempre o “meu”: minha colheita (v.
17), meus celeiros, minha safra, meus bens (v. 18). Tudo é dele e tudo gira em
torno dele. Em segundo lugar, ele já tinha muito: era rico e seus celeiros já
estavam cheios. Em nenhum momento, ele pensou em doar esta colheita excedente
para as pessoas pobres. Pelo contrário, sendo rico, quer acumular mais ainda,
não está satisfeito com o que tem, é profundamente egoísta e não se cansa de
dizer: “eu, eu, eu”.
Quando ele pensa
nesta sua solução egoísta, Jesus diz qual é então o seu projeto de futuro: “e
direi a mim mesmo: ‘você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos
anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’” (v. 19). Este fazendeiro pensa que
tudo é dele, inclusive a vida. Quando ele diz a si próprio: “você tem”, pensa
em si como aquele que vai fazer o que quer da vida. Outra coisa, este homem que
vive armazenando para si, pensa que, nesta riqueza acumulada, ele estará
tranquilo para viver. Ele coloca sua fé nos bens materiais que possui. Tem
muita gente igual a ele, hoje em dia, que pensa que só será feliz quando tiver
determinados bens. Enquanto não consegue estes bens, segue a vida reclamando e
triste. Voltemos ao fazendeiro. Quando chegar neste acúmulo enorme de bens, o
fazendeiro dará quatro ordens a si próprio: “descansa (as riquezas vão lhe
suprir), coma e beba (desfrute dos prazeres da vida) e fica alegre (você não
terá preocupações)”. Ao invés de viver estas coisas boas no presente, ele
projeta tudo de bom para um futuro (que nunca vai chegar). Hoje, há pais
trabalhando dia e noite para sustentar bem seus filhos, mas nunca fazem um
passeio com eles. Há maridos suando a camisa no trabalho, mas nunca vão ao
cinema ou à igreja com a mulher. Preocupadíssimos em ganhar dinheiro para um
futuro melhor e esquecendo-se de viver bem no presente.
Jesus termina a
estória: “contudo, Deus lhe disse: ‘insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe
será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’” (v. 20). Deus diz a
este homem que ele é um tolo, um insensato, um idiota. Por quê? Em primeiro
lugar, porque a vida era emprestada. Deus deu a vida e agora estava tomando-a
de volta (a esta devolução chamamos morte) exatamente no dia em que ele pensava
em desfrutar do seu prazer acumulado. Em segundo lugar, não vai ter mais o
tempo e nem o que acumulou, que vai ser desfrutado por outro. Em terceiro
lugar, não se preparou para a morte. É como se Deus dissesse para ele: “veja o
que você fez para si: trabalhou o tempo todo para acumular e não viveu a vida”.
O pensamento de Deus acerca de pessoas que vivem apenas para acumular bens
continua o mesmo.
Encerrando este
episódio, Jesus diz a todos: “assim acontece com quem guarda para si riquezas,
mas não é rico para com Deus” (v. 21). Quem viver e trabalhar pensando apenas
em si mesmo, egoisticamente, perderá tudo, inclusive a própria vida. Aquele que
vive a vida focado em Deus, amando-o de coração e obedecendo-lhe os
mandamentos, cuidando de si e das outras pessoas, este está enriquecendo, na
visão de Deus. Por toda a eternidade, vai valer o que Deus acha.
Amém....
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