INCAPAZES DE DISCERNIR OS TEMPOS (2ª Parte)
INCAPAZES DE DISCERNIR QUE A JUSTIFICAÇÃO É PELA FÉ
Os homens foram
incapazes de discernir quem era Jesus e qual sua missão ao vir ao mundo. No
Natal, comemoramos exatamente o fato de que Deus tornou-se homem para poder
pagar nossos pecados e nossa culpa na cruz do Calvário e ressuscitar
vitoriosamente para nos dar a vida eterna. Até hoje, as multidões não conseguem
discernir estas verdades e isto é uma espécie de decisão que elas tomam. Na
segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo, haverá um julgamento para cada ser
humano chamado de Juízo Final. As multidões continuam sendo incapazes de
discernir que, neste julgamento, só seremos justificados se crermos em Jesus. É
isto que Jesus afirma em Lucas 12.57-59.
Continuando a
falar às multidões, Jesus diz no v. 57: “por que vocês não julgam por si mesmos
o que é justo?”. As multidões (a maioria das pessoas), segundo Jesus, não têm
discernimento para perceber o que as faz pessoas justas. Jesus não está dizendo
acerca da justiça no sentido jurídico de saber o que é certo ou errado e da sua
prática. Neste sentido, a consciência moral de cada um e as leis dariam esta
informação. O discernimento da justiça da qual Jesus fala aqui tem a ver: 1)
com ser justo diante de Deus e 2) com o julgamento no Juízo Final quando da sua
segunda vinda.
Isto fica claro
com o exemplo que ele dá nos v. 58-59: “quando algum de vocês estiver indo com
seu adversário para o magistrado, faça tudo para se reconciliar com ele no
caminho; para que ele não o arraste ao juiz, o juiz o entregue ao oficial de
justiça, e o oficial de justiça o jogue na prisão. Eu lhe digo que você não
sairá de lá enquanto não pagar o último centavo”. Vamos entender o contexto da
época: um homem tinha uma dívida financeira com outra pessoa. Ele tinha a
obrigação de pagar. Se não pagasse, seu credor poderia ir ao juiz e conseguiria
a prisão desta pessoa. Se o juiz mandasse prendê-lo, ele não sairia da prisão
até que sua família ou amigos pagassem a dívida total ao credor. Jesus
recomenda que se algum deles estiver nesta situação de dívida, deveria negociar
com seu credor antes de chegar ao juiz. O devedor precisa reconhecer sua
dívida, tomar a decisão de pagá-la e negociar de que forma faria este
pagamento. Se o devedor não acertasse sua situação antes, fatalmente o juiz vai
mandá-lo para a prisão porque ele é culpado. Embora esta ideia de Jesus sirva
para as dívidas financeiras atuais (por isso existem os tribunais de
conciliação), ele quer nos falar de algo muito mais profundo e importante.
O que Jesus quer
nos ensinar? Os homens têm uma imensa dívida com Deus por causa de seus pecados:
“mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam
de vocês o rosto dele e por isso ele não os ouvirá” (Isaías 59.2) e “o salário
do pecado é a morte” (Romanos 6.23). Os homens, por não conseguirem discernir a
justiça de Deus, procuram a autojustificação, ou seja, procuram fazer coisas
boas para compensar, justificar seus pecados. O problema é que ninguém consegue
se autojustificar: “sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei (de
Deus) ... porque pela prática da lei (de Deus) ninguém será justificado”
(Gálatas 2.16). Isso acontece porque se eu errar em um só mandamento da lei de
Deus, estarei condenado por toda a lei: “pois quem obedece a toda a lei (de
Deus), mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la
inteiramente. Pois aquele que disse: ‘não adulterarás’, também disse: ‘não
matarás’. Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se
transgressor da lei” (Tiago 2.10). Desta forma, perante Deus, “como está
escrito: não há justo, nem um sequer” (Romanos 3.10).
Já que o homem
não consegue se autojustificar, o que fez Deus? Ele providenciou a justiça dele
para nos salvar. Como? Deus se fez homem na pessoa do Filho (uma das pessoas da
Santíssima Trindade): ele é Jesus! Como Deus-homem, Jesus morreu na cruz
assumindo nossos pecados e pagando-os perante a justiça de Deus Pai: “Deus
tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado (Jesus), para que nele nos
tornássemos justiça de Deus” (2ª Coríntios 5.21). Por causa deste sacrifício,
Deus pode justificar gratuitamente todo ser humano que crer em Jesus Cristo
como seu Senhor e Salvador: “sabemos que ninguém é justificado pela prática da
lei (de Deus), mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim nós também cremos em
Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da
lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).
Quando Jesus
voltar pela segunda vez a este mundo, ele vai instaurar o Juízo Final. Quem
nele crer e tornar-se seu discípulo estará livre da condenação: “portanto,
agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).
Mas quem o rejeitar e desprezar a oferta de Deus oferecida através da cruz será
condenado eternamente: “quem nele crê, não é condenado, mas quem não crê já
está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus ... quem crê no
Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de
Deus permanece sobre ele.” (João 3.18,36).
Será que você,
leitor, é capaz de julgar por si mesmo o que é justo? Ou, como as multidões,
você será incapaz de receber a maravilhosa salvação de Deus alcançada na morte
de Jesus Cristo para sua salvação? Você continuará neste caminho fracassado da
autojustificação? Pelo bem da sua vida eterna e por amor a Jesus Cristo que se
sacrificou por você, receba-o como Senhor e Salvador da sua vida. Faça uma
oração agora e peça a ele que lhe salve “porque todo aquele que invocar o nome
do Senhor Jesus será salvo” (Romanos 10.13).
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