Pesquisar neste blog

Lucas 17.1-3a - OS ESCÂNDALOS NA IGREJA

A VIDA NA IGREJA (1ª Parte)
OS ESCÂNDALOS NA IGREJA

O texto de Lucas 17.1-10 é composto de vários ditos de Jesus. Falam de diferentes assuntos. Mas o que os liga é o fato de Jesus falar aos seus discípulos. Por este motivo, entendo que todo este texto fala acerca da vida na igreja, a comunidade local onde os crentes se reúnem. Em nossas igrejas, vez por outra, somos surpreendidos por escândalos. Quando estes escândalos se tornam públicos, então são anunciados com grande velocidade. O escândalo é tão mais comentado quanto maior for a posição da pessoa que o causou dentro da igreja. Jesus fala sobre os escândalos em Lucas 17.1-3a.
“Jesus disse a seus discípulos: ‘É inevitável que aconteçam coisas que levem o povo a tropeçar, mas ai da pessoa por meio de quem elas acontecem’” (v. 1). Observe que estas palavras de Jesus até o v. 10 são dirigidas aos discípulos, ou seja, para aqueles que já se decidiram a seguir Jesus para valer. Quando Jesus diz que é “inevitável” que venham escândalos (no texto original do Novo Testamento, a expressão “coisas que levem a tropeçar” é “escândalo”), isto quer dizer que na vida da igreja acontecerão escândalos, e não tem como ser diferente. Nunca existirá uma igreja tão pura que não aconteçam escândalos. O que é um escândalo neste contexto? É uma pedra no caminho nas qual você tropeça, ou uma armadilha armada para lhe prender; são atos que uma pessoa que se diz cristã pratica e que afeta outra pessoa que vê ou fica sabendo, trazendo a esta grande angústia e pode chegar ao extremo de abandonar a fé por causa disto. Escândalos na igreja podem ocorrer nas áreas sexual, financeira, comportamental, relacional, doutrinária e outras. Observe a visão realista que Cristo tem de sua igreja: seus discípulos são pecadores e alguns deles produzirão escândalos. Jesus sabe que tem nas mãos uma igreja imperfeita, mas não desiste de amá-los e aperfeiçoá-los. Os membros das igrejas também devem saber disto para que tenham mais paciência uns com os outros.
Ocorre que Jesus solta um grito de dor pela pessoa que pratica o escândalo; “ai da pessoa”. Há culpa real nela e por causa do escândalo vai sofrer duras consequências. Veja o v. 2: “Seria melhor que ela fosse lançada no mar com uma pedra de moinho amarrada no pescoço, do que levar um destes pequeninos a pecar”. Segundo Jesus, e aqui ele fala figuradamente, seria melhor o que provoca escândalo ter morrido antes que fizesse um pequenino pecar. Pequenino aqui não tem a ver com idade cronológica, mas com maturidade espiritual. Crentes pequeninos são aqueles que se afastam ou abandonam a fé porque veem um determinado irmão fazer algo que não deveria ser feito por um servo de Deus. Crentes maduros são os que veem a mesma coisa, mas permanecem firmes porque sabem que pessoas são imperfeitas. O apóstolo Paulo falou sobre estes dois grupos assim: “Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo” (Romanos 15.1,2). Portanto, cuidado com os pequeninos porque podem abandonar a fé por nossa causa.
A última palavra de Jesus sobre este assunto é uma ordem: “Tomem cuidado” (v. 3a). A ordem é no plural: Jesus quer que todos, na igreja, formem uma rede de proteção uns para com os outros. Que cuidemos uns dos outros com oração, comunhão, conversa sincera, encorajamento, bronca, etc. A igreja é o único ambiente que lhe proteje contra as astutas ciladas do Diabo. Ajude e peça ajuda a seus irmãos na igreja. Precisamos uns dos outros.

Que venham os escândalos, mas que Deus nos livre deles e nos coloque de pé, sempre!

Nenhum comentário:

Postar um comentário