Pesquisar neste blog

Lucas 17.3b-4 - O PERDÃO É A BASE DA COMUNHÃO

A VIDA NA IGREJA (2ª Parte)
O PERDÃO É A BASE DA COMUNHÃO

O relacionamento dos irmãos na sua igreja é cheio de hipocrisia, mentira, desprezo e indiferença ou é cheio de cuidado, comunhão, orientação, repreensão e exemplo? A qualidade dos relacionamentos numa igreja local determina se ela, de fato, é uma igreja ou se é um clube religioso. Jesus diz que o arrependimento e o perdão são as bases da comunhão de qualquer igreja em Lucas 17.3b-4.
Disse Jesus a seus discípulos: “Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe” (v. 3b). Aqui Jesus não especifica que tipo de pecado é, pode ser qualquer um, grave ou comum no nosso modo de ver. Aqui, o pecado também não precisa ser contra você. Pode ser um pecado contra qualquer pessoa ou contra a igreja, a família, etc. Quando algum irmão da igreja pecar, qual a ordem de Jesus para você? Repreenda-o! Repreender é chegar junto dele de forma amorosa e dizer que ele errou feio no que fez, que ele necessita mudar de atitude e comportamento, que precisa de arrependimento e ensiná-lo a fazer o que é correto. Infelizmente, esta atitude que Jesus ordena está difícil de encontrar nos crentes e nas igrejas. Os crentes não repreendem mais a ninguém e se escondem na desculpa esfarrapada de que “ninguém tem nada a ver com a vida dos outros”. Faltam “pais e mães espirituais” para orientar os que erram. As igrejas não se preocupam mais com a disciplina de seus membros, tão interessadas agora estão com a teologia da prosperidade que fará com que todos os membros se tornem materialmente ricos e, ao mesmo tempo, miseráveis da graça de Deus. Igrejas bíblicas precisam disciplinar com amor e mansidão seus membros. Cuidado aqui para que a igreja não vá para o outro extremo quando disciplina com raiva e por questões que nem pecados são e cujo objetivo é sempre excluir os outros do grupo. A outra ordem de Jesus no texto é que, se o irmão se arrepender de seu erro, eu tenho de perdoá-lo. Arrependimento é mudança genuína do pecado ou do comportamento pecaminoso em que a pessoa se meteu. Quando isto acontece com quem pecou, eu e os demais devemos perdoá-la, ou seja, dar total quitação e lançar fora a lembrança do pecado a fim de que a presença dela no grupo seja igual como era antes. È assim que você está agindo em sua igreja? Você repreende e perdoa os seus irmãos?
E quando o pecado for contra mim? Jesus diz: “Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe” (v. 4). Sete é o número da perfeição, da completude na cultura hebraica da época. Pecar “sete vezes ao dia” é pecar muito contra você. É um dia completo de pecados. E se ele voltar a você “sete vezes no dia” dizendo “arrependo-me”, então a ordem de Cristo é para que você perdoe sete vezes seu irmão! Observe que você não tem como comprovar se houve um real arrependimento. Você terá de confiar na palavra dele, mas ele reconheceu o pecado, arrependeu-se e tornou a você todas as vezes para pedir seu perdão. Obviamente, Jesus está usando um exagero. Mas o que ele quer nos ensinar nisto? Primeiro: o discípulo de Jesus nunca dirá “não dá mais para perdoar”. Quantos pecados nosso Deus perdoou na cruz de Jesus? Sete, sete mil ou todos? O discípulo não pode agir diferente. Segundo: Jesus nos ensina a ter um espírito perdoador! Toda vez que alguém pecar contra nós, imediatamente, no coração, devemos perdoar. Caso esta pessoa venha até nós e diga que está arrependido do que fez, então devemos anunciar o perdão que já estava em nosso coração. Desta forma, não fico guardando mágoas até que o outro venha. Por isso perdoamos sete vezes no dia. Quem tem um coração e uma disposição em perdoar deste jeito, tem um coração igual ao de Deus. Mas quero lembrar-lhe que só será capaz de perdoar desta forma, aquela pessoa que foi alcançada pela graça salvadora de Deus. Sem esta graça é humanamente impossível ser assim. Por este motivo, esta palavra de Jesus foi dada aos discípulos dele, e não ao mundo.

Leitor, perdoe e mesmo que lembre do erro do outro (alguns pecados não têm como esquecer!), esta lembrança não deve trazer mais problemas de relacionamento com aquela pessoa. Perdoe, e continue a investir para o bem na vida daquela pessoa através de ajuda, amizade, conselhos, etc. O perdão abençoa seu próximo e a você também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário