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Lucas 19.11-14 - O QUE ACONTECE ANTES DA MANIFESTAÇÃO GLORIOSA DO REINO DE DEUS


A MANIFESTAÇÃO GLORIOSA DO REINO DE DEUS (1ª Parte)
O QUE ACONTECE ANTES DA MANIFESTAÇÃO GLORIOSA DO REINO DE DEUS

A primeira vinda de Jesus trouxe o Reino de Deus de uma forma humilde, mas poderosa a este mundo. A segunda vinda de Jesus trará a manifestação visível do Reino de Deus em poder e glória. Entre as duas vindas, situa-se a missão da Igreja. Jesus contou uma parábola para ensinar acerca do antes e do depois da manifestação gloriosa e visível do Reino em Lucas 19.11-27. Hoje veremos o “antes” que se encontra em Lucas 19.11-14.
Ouvindo eles isso, prosseguiu Jesus, e contou uma parábola, visto estar ele perto de Jerusalém, e pensarem eles que o reino de Deus se havia de manifestar imediatamente.” (v. 11). Jesus e sua comitiva estão chegando perto de Jerusalém, onde ele sabia que iria morrer. Mas a expectativa dos apóstolos era o contrário: eles acreditavam que, quando ele chegasse a Jerusalém, iria ser coroado rei e iniciaria o Reino de Deus, de caráter político. A parábola é contada para mostrar que o Reino de Deus com poder não é iminente e o que se deve fazer até que ele chegue.
Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua, a fim de tomar posse de um reino e depois voltar” (v. 12). Um homem nobre era alguém já importante em sua comunidade, pois tinha poder e prestígio. Ele vai tomar posse de seu reino e voltar. Para interpretar bem esta parábola, temos de compreender o contexto histórico em que ela foi contada. Naquela época, o Império Romano dominava boa parte do mundo. Quando alguém queria ser o rei de seu país, tinha de viajar até Roma, conseguir a autorização e tomar posse por decisão do Imperador. Este nobre da parábola está fazendo exatamente isto. Ele vai ser rei do próprio povo onde ele mora, mas precisa viajar até Roma. Em linha reta, a distância entre Jerusalém e Roma é de 2.300 Km. Imagine uma viagem desta num tempo em que se viajava a cavalo, jumento ou camelo. Aqui começo a relacionar a parábola com Jesus. Após fazer nossa redenção na cruz e ressuscitar, Jesus volta ao céu, recebe de volta o seu Reino do Pai, mas demora a voltar pela segunda vez, segundo nossa expectativa.
E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: ‘Negociai até que eu venha’” (v. 13). O homem que vai ser rei chama dez servos. Independente de ele ser rei ou não, eles já o servem. O nobre lhes confia uma quantia vultosa: dez minas para cada um. Uma mina era um valor financeiro da época que consistia de 100 denários. Um denário era o pagamento de um dia de trabalho de um trabalhador. Numa época em que cada trabalhador vivia com um denário por dia, ter 100 denários na mão era fantástico. Ao dar uma mina para cada um, o senhor demonstra que confia neles e os valoriza. O senhor deles lhes dá uma missão: trabalhar com este dinheiro e conseguir mais (eles não sabiam, mas era um teste para tarefas maiores depois). O senhor também lhes dá um tempo: até que ele voltasse. Novamente o paralelo com Jesus. Os que são servos de Cristo hoje devem se alegrar porque Jesus os escolheu e deu a cada um capacidades (chamamos isto de “dons”) para colocar este senhorio em ação no mundo. Ao dar estes dons, Cristo os valorizou como disse o apóstolo Paulo: “Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério” (1ª Timóteo 1.12). Cristo julga como fiéis todos aqueles que o servem de coração e zelosamente. O tempo de trabalho é a vida individual e, para a Igreja, até que ele volte. Estes servos zelosos estão sendo preparados para assumir tarefas maiores no porvir.
Mas os seus concidadãos odiavam-no, e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: ‘Não queremos que este homem reine sobre nós’” (v. 14). Agora, Jesus não fala mais dos servos, mas de cidadãos da mesma comunidade deste homem nobre. Estes cidadãos têm uma característica comum: todos o odeiam. O que fazem? Eles se articulam e agem para que ele não se torne rei, enviando uma embaixada para falar com o Imperador e tentar impedir sua posse. Eles são ativos na rejeição a este novo rei. A vontade deles é clara: “Não queremos que ele reine sobre nós”. Traçando um paralelo com nossa realidade: aqui estão as pessoas que rejeitam o senhorio de Jesus sobre elas e fazem oposição. Estas pessoas veem a Jesus como igual e o odeiam. O próprio Jesus falou deste ódio: “(o mundo) me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más [...] Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (João 7.7; 15.18). Os homens organizam-se numa estrutura chamada “mundo” e lutarão contra os servos de Cristo e seus valores. A essência deles é “Cristo não reinará sobre nós” e “Não faremos a vontade deste Jesus”.
Antes da volta de Jesus Cristo, todos são livres para escolher de qual lado quer ficar. Tudo muda quando ele voltar. Hoje, a que grupo você pertence: ao dos servos ou dos opositores?

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