A FAMÍLIA DE JESUS
A família está
em discussão no Brasil. Sociologicamente, há diversos tipos de família hoje:
desde a de modelo tradicional até aquela formada por casal homossexual que
adota uma criança. A família é o grupo social mais importante na vida de
qualquer pessoa. Os rompimentos dentro da família geralmente são traumáticos.
No ministério de Jesus em Lucas 8.19-21,
há um incidente com sua própria família e que nos ajuda a entender o que Jesus
pensava sobre “sua família”.
Jesus está
realizando seu ministério de proclamação do evangelho. Há uma multidão disposta
a ouvi-lo. Há cerca de 1 ano que ele está na “estrada”. Nesta ocasião, a mãe e
os irmãos de Jesus chegam perto do local (v. 19). Algumas observações: José não
é citado, o que é muito estranho. Se estivesse vivo, deveria ser o líder do
grupo familiar. Parece que José faleceu entre os doze e os trinta anos de Jesus
e que este, como filho mais velho, havia assumido a liderança da família até
começar sua missão. Outra coisa: o texto grego (texto original do Novo
Testamento) usa as palavras tradicionais da família para mãe (méter) e irmãos (adelfós). A interpretação protestante de que, após Jesus nascer,
José e Maria se uniram sexualmente e tiveram muitos filhos e filhas (veja
Mateus 13.55-56) parece-me correta do ponto de vista bíblico. A interpretação
católica romana de que Maria nunca teve relações com José, permanecendo virgem
para sempre, baseia-se, não nas Escrituras Sagradas, mas na sua própria
Tradição.
Quando a família
de Jesus foi procurá-lo, penso eu que eles tinham a ideia de convencê-lo a
voltar para casa e acabar com este “delírio religioso” que ele estava tendo.
Era uma tentativa de ingerência da família natural sobre Jesus. Quanto aos
irmãos, nada posso dizer, mas quanto a Maria, creio que aqui ela comete uma
fraqueza. Antes de Jesus nascer, o anjo havia avisado que ela seria mãe, ainda
virgem, de um menino muito especial para Deus. Obviamente, naquela ocasião, ela
não tinha ciência de que ia gerar o Deus-Homem. Mas sabia que ele seria um
homem de Deus. Agora, quando ele cumpria sua missão, ela intenciona pedir para
que ele pare e volte para casa. Ela, pelo menos, deveria entender que este era
o destino de seu filho mais velho. Na nossa vida também temos nossas fraquezas:
sabemos que Deus nos salvou e nos livrou de muitos perigos e males, mas há
ocasiões em que não compreendemos a clara vontade de Deus, que está à nossa
frente, e pensamos de uma forma egoísta. O problema deles é que a multidão era
tão grande e compacta que não tinham como chegar perto de Jesus. O jeito foi
enviar alguém para avisá-lo que eles estavam lá fora (v. 20).
Jesus respondeu
ao mensageiro da seguinte forma: “minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem
a palavra de Deus e a praticam” (v. 21). Jesus não foi desrespeitoso com sua família
natural. Ele simplesmente está descolando seu ministério salvador de sua mãe e
seus irmãos. Isto significa que Maria, a mãe de Jesus, não tomará parte no
ministério de Jesus de salvar a humanidade. Ela o gerou e o criou junto com
José e esta foi a imensa participação dela no processo. Quem vai morrer na cruz
é ele e não ela. Maria não intercede por nós perante Jesus: o pecador que
quiser ser salvo deve pedir diretamente a ele, que é o Salvador dos que creem.
Veja o que diz 1ª Timóteo 2.5: “pois há um só Deus e um só mediador entre Deus
e os homens: o homem Cristo Jesus”. Mas, tem mais: Jesus está dizendo que há
uma família maior que a natural: a da fé. Todos os que creem em Jesus como seu
único Salvador devem se ver como uma família superior a qualquer outra. O que
une esta família de pessoas tão diferentes é a fé e o amor profundo a Jesus
Cristo e o amor de uns para com os outros.
Esta família da
fé é a verdadeira família de Deus. Todos eles têm em comum a palavra de Deus, o
evangelho. Eles amam ouvir e praticar o que a Bíblia ensina. Entendem que a
Bíblia é a voz do seu Pai Celestial a falar-lhes. Querem colocar todos os
aspectos de sua vida diante do escrutínio da Palavra. E a honram no seu viver.
Jesus Cristo
convida você a ter um relacionamento pessoal com ele. A confiar sua vida a ele.
A ouvir e praticar os ensinos da Bíblia. A fazer parte de uma família
maravilhosa que nunca vai acabar e que um dia vai viver na casa do Pai. Vamos
nos tornar irmãos?
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