O RECEBIMENTO E A REJEIÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS (2ª
Parte)
AS DECISÕES DOS GRUPOS HUMANOS AFETAM O GRUPO E SEUS
INDIVÍDUOS
Vimos, na
mensagem passada, que grupos humanos também tomam decisões como se eles fossem
uma pessoa. Isto é importante porque cada indivíduo deve dizer se concorda ou
não com as decisões que seu grupo toma. Se ficar calado ou, simplesmente,
seguir a correnteza, está concordando com o grupo. Nas decisões de caráter
religioso, isto é muito importante, pois pode determinar o futuro eterno do
indivíduo. Vejamos o que Jesus diz acerca desta relação grupo x indivíduo em
relação à sua própria pessoa. O texto é Lucas
10.13-16.
Após falar que
grupos humanos comportam-se como se fossem pessoas, Jesus dá um grito de dor
por duas cidades: “ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os
milagres que foram realizados entre vocês o fossem em Tiro e Sidom, há muito
tempo elas teriam se arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de
cinzas. Mas no juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vocês”
(v. 13,14). Quando realizou seu ministério terreno de três anos, Jesus escolheu
a cidade de Cafarnaum, na Galiléia, como seu quartel-general. Esta era a cidade
onde moravam seus discípulos Pedro, André, Tiago e João. As cidades de Corazim
e Betsaida ficavam a poucos quilômetros de Cafarnaum. Jesus fez curas e
milagres nestas cidades, mas elas rejeitaram a Jesus e à sua mensagem. Observe
no texto que Jesus se refere à cidade como se fosse uma pessoa: “ai de você,
Corazim”. Ao mesmo tempo em que faz o bem às cidades (grupos humanos), Jesus
está julgando a resposta delas. Ele dá um grito de dor pelas consequências da
rejeição de seu evangelho. Se ele tivesse feito as mesmas curas e milagres em
Tiro e Sidom, elas teriam se arrependido e se converteriam a ele há muito
tempo. Os sinais de seu arrependimento, na época, seria vestir roupa de saco e
jogar cinzas sobre a cabeça. Interessante é que Tiro e Sidom eram cidades
fenícias, que não faziam parte de Israel e, portanto, não receberam a revelação
do Antigo Testamento. Veja bem: os milagres e as obras de Jesus têm, por
objetivo, levar-nos ao arrependimento dos pecados e fé nele para nossa
salvação.
O que decidimos
aqui sobre Jesus Cristo tem influência decisiva acerca de nossa eternidade. Ele
afirma que haverá um julgamento para todos os grupos humanos e todas as
pessoas. A teologia chama esta ocasião de “Dia do Juízo Final”. Quando a
história humana acabar, Deus, o justo juiz, vai instaurar um tribunal onde
julgará toda pessoa humana. Os textos mais claros no Novo Testamento sobre este
julgamento são Mateus 25.31-46 e Apocalipse 20.11-15. Estes textos mostram que
a salvação de uma pessoa não se dará por seus méritos próprios (se este fosse o
critério, toda a raça humana seria condenada, pois “todos pecaram”), mas
ocorrerá para quem confiou no sacrifício de Jesus na cruz e a ele se entregou
em fé. A condenação, sim, se dará pelas obras que cada um fez. Quando Jesus diz
que haverá menos rigor no julgamento para os habitantes de Tiro e Sidom do que
para Corazim e Betsaida, ele está dizendo que haverá graus de sofrimento
diferentes nas condenações das pessoas. Aqueles grupos humanos que receberam a
exposição clara do evangelho e a rejeitaram, receberão maior grau de condenação
do que as que não tiveram esta exposição tão clara. Leitor, para seu bem
eterno, não rejeite o evangelho de Jesus. Ele é o único caminho para você se
livrar da condenação deste Juízo Final.
Acerca da
própria cidade de Cafarnaum, seu quartel-general, Jesus disse: “e você,
Cafarnaum, será elevada até o céu? Não! Você descerá até o Hades (mundo dos
mortos, sepultura) (v. 15). Tantos milagres Jesus fez nesta cidade, mas ela
acreditava em si mesma, no seu orgulho. Pensava que subiria aos céus por seus
próprios méritos e não confiou em Jesus. Ele disse que ela desceria até à sepultura,
ao esquecimento. A cidade de Cafarnaum foi destruída e nunca mais foi
reerguida. No seu lugar, ficou um montão de ruínas e areia. Foi para o Hades,
para o esquecimento. A rejeição de Jesus é uma postura de vida que prejudica a
pessoa e seu grupo humano para sempre.
Jesus termina
sua orientação aos 70 discípulos que irão evangelizar assim: “aquele que lhes
dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que os rejeita, está me rejeitando;
mas aquele que me rejeita, está rejeitando aquele que me enviou” (v. 16).
Quando anunciamos Jesus, ele fala através de nós. Quem nos ouve e aceita nossa
mensagem, ouviu Jesus e o aceitou. Quem rejeitar nosso evangelho, não rejeita a
nós, mas a Jesus. Rejeitar a Jesus é a mesma coisa que rejeitar o Pai, pois ele
enviou seu Filho Jesus para nos salvar. Não é possível alguém dizer: “eu fico
com Deus, mas não quero Jesus”. Ou recebemos Jesus e, por consequência, o Pai,
ou ficamos sozinhos, sem ninguém. Afinal, Jesus mesmo disse: “quem me vê, vê o
Pai” (João 14.9) e “ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).
Aceitar ou
rejeitar Jesus é a grande decisão humana, tanto para grupos humanos quanto para
indivíduos.
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