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Lucas 10.13-16 - AS DECISÕES DOS GRUPOS HUMANOS AFETAM O GRUPO E SEUS INDIVÍDUOS

O RECEBIMENTO E A REJEIÇÃO DO EVANGELHO DE JESUS (2ª Parte)
AS DECISÕES DOS GRUPOS HUMANOS AFETAM O GRUPO E SEUS INDIVÍDUOS

Vimos, na mensagem passada, que grupos humanos também tomam decisões como se eles fossem uma pessoa. Isto é importante porque cada indivíduo deve dizer se concorda ou não com as decisões que seu grupo toma. Se ficar calado ou, simplesmente, seguir a correnteza, está concordando com o grupo. Nas decisões de caráter religioso, isto é muito importante, pois pode determinar o futuro eterno do indivíduo. Vejamos o que Jesus diz acerca desta relação grupo x indivíduo em relação à sua própria pessoa. O texto é Lucas 10.13-16.
Após falar que grupos humanos comportam-se como se fossem pessoas, Jesus dá um grito de dor por duas cidades: “ai de você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os milagres que foram realizados entre vocês o fossem em Tiro e Sidom, há muito tempo elas teriam se arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas. Mas no juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vocês” (v. 13,14). Quando realizou seu ministério terreno de três anos, Jesus escolheu a cidade de Cafarnaum, na Galiléia, como seu quartel-general. Esta era a cidade onde moravam seus discípulos Pedro, André, Tiago e João. As cidades de Corazim e Betsaida ficavam a poucos quilômetros de Cafarnaum. Jesus fez curas e milagres nestas cidades, mas elas rejeitaram a Jesus e à sua mensagem. Observe no texto que Jesus se refere à cidade como se fosse uma pessoa: “ai de você, Corazim”. Ao mesmo tempo em que faz o bem às cidades (grupos humanos), Jesus está julgando a resposta delas. Ele dá um grito de dor pelas consequências da rejeição de seu evangelho. Se ele tivesse feito as mesmas curas e milagres em Tiro e Sidom, elas teriam se arrependido e se converteriam a ele há muito tempo. Os sinais de seu arrependimento, na época, seria vestir roupa de saco e jogar cinzas sobre a cabeça. Interessante é que Tiro e Sidom eram cidades fenícias, que não faziam parte de Israel e, portanto, não receberam a revelação do Antigo Testamento. Veja bem: os milagres e as obras de Jesus têm, por objetivo, levar-nos ao arrependimento dos pecados e fé nele para nossa salvação.
O que decidimos aqui sobre Jesus Cristo tem influência decisiva acerca de nossa eternidade. Ele afirma que haverá um julgamento para todos os grupos humanos e todas as pessoas. A teologia chama esta ocasião de “Dia do Juízo Final”. Quando a história humana acabar, Deus, o justo juiz, vai instaurar um tribunal onde julgará toda pessoa humana. Os textos mais claros no Novo Testamento sobre este julgamento são Mateus 25.31-46 e Apocalipse 20.11-15. Estes textos mostram que a salvação de uma pessoa não se dará por seus méritos próprios (se este fosse o critério, toda a raça humana seria condenada, pois “todos pecaram”), mas ocorrerá para quem confiou no sacrifício de Jesus na cruz e a ele se entregou em fé. A condenação, sim, se dará pelas obras que cada um fez. Quando Jesus diz que haverá menos rigor no julgamento para os habitantes de Tiro e Sidom do que para Corazim e Betsaida, ele está dizendo que haverá graus de sofrimento diferentes nas condenações das pessoas. Aqueles grupos humanos que receberam a exposição clara do evangelho e a rejeitaram, receberão maior grau de condenação do que as que não tiveram esta exposição tão clara. Leitor, para seu bem eterno, não rejeite o evangelho de Jesus. Ele é o único caminho para você se livrar da condenação deste Juízo Final.
Acerca da própria cidade de Cafarnaum, seu quartel-general, Jesus disse: “e você, Cafarnaum, será elevada até o céu? Não! Você descerá até o Hades (mundo dos mortos, sepultura) (v. 15). Tantos milagres Jesus fez nesta cidade, mas ela acreditava em si mesma, no seu orgulho. Pensava que subiria aos céus por seus próprios méritos e não confiou em Jesus. Ele disse que ela desceria até à sepultura, ao esquecimento. A cidade de Cafarnaum foi destruída e nunca mais foi reerguida. No seu lugar, ficou um montão de ruínas e areia. Foi para o Hades, para o esquecimento. A rejeição de Jesus é uma postura de vida que prejudica a pessoa e seu grupo humano para sempre.
Jesus termina sua orientação aos 70 discípulos que irão evangelizar assim: “aquele que lhes dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que os rejeita, está me rejeitando; mas aquele que me rejeita, está rejeitando aquele que me enviou” (v. 16). Quando anunciamos Jesus, ele fala através de nós. Quem nos ouve e aceita nossa mensagem, ouviu Jesus e o aceitou. Quem rejeitar nosso evangelho, não rejeita a nós, mas a Jesus. Rejeitar a Jesus é a mesma coisa que rejeitar o Pai, pois ele enviou seu Filho Jesus para nos salvar. Não é possível alguém dizer: “eu fico com Deus, mas não quero Jesus”. Ou recebemos Jesus e, por consequência, o Pai, ou ficamos sozinhos, sem ninguém. Afinal, Jesus mesmo disse: “quem me vê, vê o Pai” (João 14.9) e “ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).

Aceitar ou rejeitar Jesus é a grande decisão humana, tanto para grupos humanos quanto para indivíduos.

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