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Lucas 13.1-5 - QUANDO A MALDADE HUMANA E A NATUREZA MATAM

ARREPENDER-SE OU MORRER (1ª Parte)
QUANDO A MALDADE HUMANA E A NATUREZA MATAM

A maldade humana mata: um homem matou a ex-mulher e o próprio filho com mais 12 pessoas em uma festa de ano novo. Rebeliões em presídios mostram corpos decapitados e desmembrados. O descaso e a incompetência humana também matam: o rompimento da represa de Mariana e o piloto do voo da Chapecoense. Aquilo que chamamos de natureza também mata: terremotos, furacões, seca e enchentes. Pessoas que morrem nestas situações sofrem assim por causa de pecados próprios?. É isto que Jesus responde em Lucas 13.1-5.
Em uma determinada ocasião, quando Jesus falava às multidões, “alguns que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifícios deles” (v. 1). Analisemos a situação deste comentário. Israel estava debaixo do domínio do Império Romano. O representante de Roma sobre toda a região era Pilatos. O historiador Josefo diz que Pilatos era um governante sanguinário, que não tinha receio de matar pessoas dos povos dominados. Alguns galileus foram prestar sacrifícios no templo de Jerusalém. Por algum motivo, Pilatos mandou matá-los ali, a tal ponto que o sangue deles misturou-se com o dos animais da oferta. Qual a resposta que um auditório judeu esperava de Jesus? Com certeza, a denúncia da maldade de Pilatos e do Império Romano. E o que Jesus diz? “Vocês pensam que estes galileus eram mais pecadores que todos os outros por terem sofrido desta maneira?” (v. 2). Ao invés de falar de Pilatos, Jesus volta-se para os galileus assassinados. A pergunta dele é: quem morre pela maldade dos outros é mais pecador do que quem não morreu? Será que existiria uma espécie de “lei de vingança divina universal” na qual os pecados seriam castigados todos já nesta vida? No v. 4, ele fala de mortes ocorridas ou pelo descaso humano ou pela natureza. Ele pergunta: “ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os habitantes de Jerusalém?”. Na mentalidade popular da época, os sofrimentos ou mortes que ocorriam pela maldade ou descaso humano ou pela natureza eram decorrentes de pecados que a pessoa havia cometido. Quando chegaram perto de um cego de nascença, os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais para que nascesse cego?” (João 9.2). Hoje em dia, é a mesma ideia quando alguns dizem que pessoas nascem com necessidades especiais porque em outra encarnação praticaram o mal. Jesus quebrou estas ideias ao dizer que nem o cego e nem seus pais pecaram.
Qual a resposta de Jesus às duas questões de Pilatos e da torre? “Eu lhes digo que não!” (v. 3a, 5a). Para ele, não existe nenhuma conexão entre sofrer a maldade dos outros ou da natureza e seus pecados pessoais (ex.: os jogadores da Chapecoense que morreram não eram mais pecadores do que os que ficaram vivos ou se alguém é assaltado e morto, isto não aconteceu por causa de um pecado que ele cometeu antes).
Continuando a resposta de Jesus: “mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão” (v. 3b,5b). O que Jesus quer dizer com esta frase que repete duas vezes? Primeiro, que há pecados e culpas em todo ser humano. A isto chamamos de pecaminosidade da raça humana. Segundo, a maldade dos homens e o perigo da natureza existem por causa desta pecaminosidade. Terceiro, quem luta causas justas, nem por isso se torna pessoalmente justo. Quarto, se uma pessoa não se arrepender, mas continua na vida como se culpa não tivesse, certamente vai morrer sem salvação: “se o homem não se arrepende, Deus afia sua espada, arma o seu arco e o aponta, prepara suas armas mortais e faz de suas setas, flechas flamejantes” (Salmo 7.12,13). Quinto, se houver arrependimento (mudança de vida e volta para Deus), então há vida eterna: “eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se” (Lucas 15.7).

Todos precisamos de arrependimento. Há um arrependimento inicial e fundamental, que é aquele quando nos voltamos para Jesus e decidimos mudar radicalmente a maneira como vivemos. A partir daí, há um arrependimento contínuo, diário em nossa vida, quando revisamos nossos pecados e fazemos mudanças no comportamento. Não pereça, arrependa-se!

4 comentários:

  1. Obrigada por este pão fresquinho no domingo, pastor.

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  2. Muito boa a explicação. Deus abençoe o pastor e sua família.

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  3. Muito bom obg.pela explicação. Deus te abençoe.

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  4. Excelente exposição bíblica em relação a temas tão presentes em nossas vidas.

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