UMA FESTA ABSURDA
Quando você dá
uma festa, a quem convida? Ao fazer a festa, qual seu objetivo em relação aos
convidados? Quando você dá uma festa, espera que os seus convidados também lhe
convidem para as festas deles? Ou ficaria contente se eles se esquecessem de
convidar você? Veja a proposta de festa feita por Jesus a todos nós em Lucas 14.12-14.
Jesus estava
numa refeição na casa de um fariseu importante, para a qual fora convidado.
Depois de haver curado um doente (v. 1-6) e falar sobre a humildade (v. 7-11),
Jesus fala sobre convites para refeição e banquete. Tanto naquela época quanto
hoje, convidamos para participar de nossa mesa os que são parentes e amigos. “Então
Jesus disse ao que o tinha convidado: ‘quando você der um banquete ou jantar,
não convide seus amigos, irmãos ou parentes, nem seus vizinhos ricos; se o
fizer, eles poderão também, por sua vez, convidá-lo, e assim você será
recompensado’” (v. 12). Jesus faz referência a um almoço ou jantar, onde você
convida pessoas para participar. Jesus diz para não chamarmos quatro tipos de
pessoas: amigos, irmãos, parentes e vizinhos ricos. Jesus diz que, se convidarmos estas pessoas, temos
a garantia de que elas nos convidarão para suas próprias festas. Todos sabem
que é assim que funciona a sociedade. Ora, convidar alguém para uma festa ou
refeição torna-se um bom negócio. Ao convidar pessoas para sua festa, na
verdade, você está pensando em você mesmo, pois pode conseguir ascensão ou
reconhecimento social. Segundo Jesus, ao agir assim, você já obteve a sua recompensa
e não sobrou nada para a eternidade.
Continuando
Jesus disse: “mas, quando der um banquete, convide os pobres, os aleijados, os
mancos e os cegos. Feliz será você, porque estes não tem como retribuir. A sua
recompensa virá na ressurreição dos justos” (v. 13-14). O banquete é uma
refeição esplendorosa, festiva. A ordem de Jesus é que, quando você der um
banquete, ao invés de convidar seus amigos e parentes, convide as pessoas mais
baixas na escala social e econômica: os doentes, os marginalizados, os que
vivem nas ruas, os pobres que nunca entraram num banquete. Você faz o bem
(alimentou-os e deu uma grande festa) e eles não têm como retribuir você. Ora,
se você fizer esta experiência, em quem você estará pensando: em você mesmo ou
neles? Claro que é neles! Você sabe que não vai tirar proveito nenhum desta
festa. Só terá despesa porque nenhum deles vai retribuir. Diferente do que
pensamos hoje, Jesus nos ensina que quando fazemos o bem e ninguém reconhecer, isto
é um bem para nós. Gostamos de fazer o bem e o outro reconhecer e nos dar os
parabéns. Jesus nos ensina a fazer o bem sem reconhecimento algum: isto é
melhor para nós.
Por que é melhor
não ser reconhecido aqui quando fazemos o bem? Porque Jesus disse que seríamos
bem-aventurados! A bem-aventurança consiste no fato de que eu vou receber a
recompensa pelas minhas boas atitudes na ressurreição dos justos. O que significa
isto? Vamos lá entender. Segundo a Bíblia, os justos ressuscitarão dos mortos
quando Jesus Cristo voltar pela segunda vez a este mundo em poder e glória. Os ímpios
ressuscitarão posteriormente para o julgamento. Quando os justos ressuscitarem,
os salvos que estiverem vivos serão transformados para receber o mesmo corpo de
glória dos que ressuscitaram. Este será um dia de glória para todos os justos
e, a partir daí, viverão para sempre com o Senhor no céu e na nova criação.
Quem são estes justos? Será que são pessoas que seguem uma religião ou que
fazem o bem? Nem uma coisa e nem outra. Justos, no conceito bíblico, são todas
as pessoas que foram justificadas por Deus (não por seus atos) por terem
recebido a salvação pela fé exclusivamente em Jesus Cristo. Eles confiaram que
a morte de Jesus na cruz perdoou os seus pecados gratuitamente e, apenas por gratidão,
seguem a Jesus Cristo como o Senhor e Salvador da vida deles. Por causa desta
salvação já recebida, eles vivem uma vida de fé, justiça, amor e de fazer o
bem. Não são pessoas perfeitas, são apenas crentes em Jesus que agem como tais.
Você é um justo?
Obviamente,
Jesus não estava proibindo ninguém de fazer festas e convidar seus amigos,
tanto isto é verdade que ele mesmo estava participando de uma festa onde só havia
pessoas socialmente importantes. Seu objetivo é abrir nossos olhos para esta
atitude de fazer o bem apenas para esperar a retribuição. O seu tipo de vida (sua
fé e suas atitudes) nesta existência definirão que tipo de pessoa você é (justo
ou ímpio) e sua eternidade (ao lado de Jesus ou eternamente exilado dele). Toda
boa ação feita com motivação pura será recompensada por Deus. Porém, toda boa
ação que já recebeu a recompensa humana aqui e consistiu na procura desta
retribuição, nada levará para a eternidade.
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