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Lucas 14.21-24 - A GRAÇA QUE CONSTRANGE

A PARÁBOLA DO GRANDE BANQUETE DO REINO DE DEUS (2ª Parte)
A GRAÇA QUE CONSTRANGE

Na primeira parte da parábola do grande banquete do Reino de Deus, contada por Jesus, vimos um homem poderoso e rico que deu um banquete. Convidou as pessoas do seu círculo de amizades, pessoas iguais a ele. As pessoas aceitaram o convite. Quando o banquete estava pronto, como era costume naquela época, ele mandou seu servo a avisá-los que viessem comer. Todos os convidados se recusaram a ir com desculpas tão esfarrapadas que não conseguiam enganar ninguém. Veja o restante desta parábola em Lucas 14.21-24.
Jesus continuou a contar a parábola: “o servo voltou e relatou isso ao seu senhor. Então o dono da casa irou-se e ordenou ao seu servo: ‘vá rapidamente para as ruas e becos da cidade e traga os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos’” (v. 21). O servo contou as desculpas esfarrapadas dos convidados originais ao seu senhor. Quando ouviu as desculpas, aquele patriarca ficou cheio de ira e raiva pelos convidados. Eles o haviam insultado com esta atitude, conforme o costume da época. A reação deste homem irado é surpreendente! Normalmente, esperaríamos que ele se vingasse daqueles convidados que o insultaram. Preste atenção, leitor: ao invés de se vingar, sua ira dá lugar a um ato de extrema graça. Ao ficar irado, este patriarca dá uma ordem a seu servo para que vá às ruas e vielas da cidade e traga todos os pobres e os que têm deficiência física para sua festa. Esta gente jamais participaria de um banquete assim. Somente gente rica e poderosa participaria. A situação é absurda para a época. Mas ele faz isto! Todos os pobres da cidade participam do banquete daquele homem poderoso. O que Jesus quer dizer? Que o convite para o grande banquete do Reino de Deus foi rejeitado pelos líderes religiosos de Israel, mas foi estendido e aceito pelos pobres e pelos “pecadores”. Esta gente, pela sua condição de falta de conhecimento e comportamento pecaminoso, jamais imaginaria entrar no Reino; no entanto, ao crer na mensagem de Jesus, entraram.
Jesus continua: “disse o servo: ‘o que o senhor ordenou foi feito, e ainda há lugar’. Então o senhor disse ao servo: ‘vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia’” (v. 22-23). O que o patriarca daquela casa determinou, aconteceu. Mas ainda tinha lugar. Ele não queria uma festa com metade das pessoas. Então mandou de novo o servo pelos caminhos e valados. Num primeiro momento, este homem convidou os pobres da cidade. Ao enviar seu servo pelos caminhos, ele agora está chamando os viajantes que não eram da cidade dele, gente estranha à comunidade da qual fazia parte. O que Jesus estava dizendo é que o Reino de Deus se encheria com os gentios, ou seja, pessoas de várias nações do mundo que se uniriam aos “pobres e aleijados” de Israel. Este convite era tão absurdamente cheio de graça que eles teriam de ser “obrigados” a entrar. Naquela época, se um servo fizesse um convite desses a um viajante, ele pensaria que estavam brincando com ele. Como um homem rico convidaria um viajante desconhecido para sua festa? O servo teria de, por insistência verbal, mostrar que o convite era verdadeiro e obrigá-lo a entrar na festa. Novamente, preste atenção, leitor: todos os que forem salvos terão a consciência de que não merecem estar lá! E que só estão por pura e absurda graça de Deus. Aquele que pensa que vai para o céu porque merece, este já está fora, e para sempre.
O v. 24, que é o encerramento da palavra de Jesus, é fantástico. Leiamos: “eu lhes digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete” (v. 24). Um convidado no jantar em que Jesus está diz que é feliz quem comer pão no Reino de Deus (v. 15). Jesus então conta uma parábola sobre um homem poderoso que dá uma festa. Tudo simboliza a festa do Reino de Deus. Os convidados originais recusaram, mas a festa se encheu de “pobres e estrangeiros”. Com a frase “eu lhes digo”, Jesus volta a falar por si, não mais a estória. E ele fala com a nata religiosa dos judeus. Jesus diz aos líderes religiosos que nenhum deles que recusaram o convite provará “do meu banquete”. Então Jesus se identificou com o senhor da parábola que deu a festa. O banquete do Reino de Deus é o banquete de Jesus Cristo! Os líderes religiosos judeus o rejeitaram e ficarão de fora, apesar de suas vidas santas. O povo pobre judeu o recebeu e estarão lá e milhões de gentios também. Se alguém não entrar nesta festa é porque deliberadamente rejeitou Jesus como seu Senhor.

Quais as lições de Jesus nesta parábola do grande banquete do Reino de Deus? 1ª) Só podemos entrar no Reino de Deus/Céu/salvação se aceitarmos o convite de Jesus feito através de sua cruz; não há outro caminho; 2ª) Se alguém entrar no Reino de Deus/Céu/salvação será somente e tão somente pela absurda graça de Deus que convida “pobres e estrangeiros pecadores” para participar de sua festa; igualmente, alguém só ficará de fora se recusar o convite de crer em Jesus como seu Salvador pessoal, porque está interessado em outras coisas de sua vida; 3ª) ninguém, absolutamente ninguém, entrará no Reino de Deus/Céu/salvação porque mereceu; 4ª) o Reino de Deus/Céu/salvação ficará cheio de seres humanos que louvarão a Jesus Cristo e a Deus Pai para sempre por tão grande salvação. Aleluia!

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