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Lucas 15.8-10 - A PARÁBOLA DA MOEDA PERDIDA

A PARÁBOLA DA MOEDA PERDIDA

A parábola da moeda perdida é muito semelhante à parábola da ovelha perdida (15.4-7). Jesus está dizendo aos líderes fariseus porque ele comia com “gente de baixa reputação” e era amigo dos “pecadores”. Ao analisarmos a parábola da moeda perdida em Lucas 15.8-10, vamos enfatizar alguns ensinos que vimos na da ovelha perdida e observar outras ênfases.
Jesus continua sua conversa com os fariseus e o povo dizendo: “ou, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e, perdendo uma delas, não acende uma candeia, varre a casa e procura atentamente, até encontrá-la?” (v. 8). Ao usar um pastor de ovelhas na primeira parábola e ao usar uma mulher agora, Jesus mira no preconceito dos fariseus contra estes dois grupos da sociedade. Eles consideravam a mulher como um ser inferior, mas Jesus não pensava desta forma. A mulher tem dez dracmas. Uma dracma era uma moeda de prata grega que tinha o mesmo valor do denário romano, ou seja, cada dracma valia a diária de um trabalhador. Sendo uma mulher pobre, certamente aquelas moedas eram toda sua economia para viver. Ela perde uma dracma. Embora continuasse com nove, para a mulher, a dracma perdida era muito importante. Ela sabe que perdeu em casa porque não saiu. O que faz? Acende uma candeia, pois as casas pobres não tinham janela e eram escuras mesmo durante o dia. Varre em todos os cantos (como diríamos hoje, faz uma varredura).
“E quando a encontra, reúne suas amigas e vizinhas e diz: ‘alegrem-se comigo, pois encontrei minha moeda perdida’” (v. 9). Depois de varrer a casa, ela encontra a tal moeda perdida. A alegria desta mulher é tão grande que ela convida todas as suas amigas e vizinhas para que se alegrem junto com ela. O compartilhamento da alegria é comunitário. Quando um membro de uma comunidade se alegra, os outros se alegram também. Quando se vive numa verdadeira comunidade, onde as pessoas se amam, alegrias e tristezas são compartilhadas: “alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram” (Romanos 12.15). Se você vive numa comunidade chamada igreja e não compartilha das dores e das vitórias dos demais membros, então você não pertence à comunidade realmente. Mas se você compartilha destes sentimentos a ponto de orar, conversar sobre o assunto e acompanhar as outras pessoas, então você é parte verdadeira de sua igreja.
Agora vem uma conclusão fantástica de Jesus: “eu lhes digo que, da mesma forma, há alegria na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (v. 10). Da mesma forma que houve alegria na casa da mulher, assim há alegria no céu. Aqui preciso fazer uma observação de tradução. O texto que estou usando é da NVI. Ela traduz do texto grego original a frase “há alegria na presença dos anjos de Deus”, o que parece indicar que a alegria aí é dos anjos. Mas, este texto, seria melhor traduzido assim: “há alegria perante/defronte/ante dos anjos de Deus”. A palavra grega “enópion” é melhor traduzida como “algo que está diante”. Ora, se for assim, quem está diante dos anjos? Deus! A alegria é de Deus, que está diante dos seus anjos. Obviamente, os anjos se alegram quando Deus sorri. Mas a alegria da qual Jesus fala é de Deus. Deus se alegra por um só pecador que se arrepende. Isto é lindo! O poderoso Deus Eterno, Criador de todas as coisas, fica feliz, sorri e dança de alegria por causa de um mísero pecador, entre sete bilhões, em algum ponto deste planeta que resolveu se arrepender e voltar-se para ele. Nosso Deus não é sem emoções, ele sempre nos surpreende agradável e graciosamente. (Nós te amamos, Pai Bendito).
O que Jesus quer nos ensinar com esta parábola? Que todo ser humano é importante para Deus, mas está completamente perdido. Deus é quem busca o ser humano, e não o contrário. Esta busca de Deus pelo ser humano se dá na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Deus encontra o ser humano quando este se arrepende de seus pecados e se volta para Jesus Cristo. Quando um homem entra numa vida de arrependimento e mudança, a alegria de Deus é tão grande que contagia os anjos. Deixa Deus lhe achar, tornando-se um discípulo de Jesus e abandonando o que está errado em sua vida.

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