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Lucas 16.14-15 - QUANDO O DINHEIRO FEDE

QUANDO O DINHEIRO FEDE

Temos ouvido muito hoje em dia que dinheiro é bênção de Deus. Dizem que quem ganha muito dinheiro é porque Deus está ouvindo suas orações. Pelo contrário, o que, embora trabalhador, permanece pobre, dizem que é uma pessoa amaldiçoada ou esquecida por Deus. Há, em nossa sociedade, um desejo desenfreado para ganhar dinheiro. Observe quando há uma bolada de dinheiro nestes jogos de azar oficiais: o número de apostadores sobe muito e até redes de televisão perdem tempo com reportagens repetitivas e inúteis. Jesus faz uma crítica a este tipo de vida que consiste em amar o dinheiro em Lucas 16.14-15.
Jesus tinha acabado de falar acerca de algumas atitudes frente ao dinheiro, tais como: usar o dinheiro para fazer o bem às pessoas, honestidade, fidelidade e de servir a Deus através dele (Lc 16.9-13). O v. 14 diz: “Os fariseus, que amavam o dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus”. Os fariseus eram um grupo religioso-político que prezavam por um comportamento “de santidade” diante do povo, com muitos rituais religiosos. Mas segundo o texto bíblico, eles eram amantes-do-dinheiro, pois gostavam demais de manusear e acumular todo tipo de dinheiro e bens. Eram gananciosos e nunca estavam satisfeitos com o que tinham. Leitor, sua vida é assim? Voce preza mais o lucro no comércio do que um abraço do seu filho? Sua cabeça está nos negócios o tempo todo? Fica feliz quando ganha dinheiro, mas desanimado da vida quando perde? Cuidado com o amor ao dinheiro! Os fariseus ouviram Jesus dizer que não podiam servir a Deus e ao dinheiro e eles zombavam de Jesus. Zombar aqui é desprezar e “levantar o nariz”, numa atitude de completa desconsideração com quem Jesus era e o que ele falou. Certamente, diziam algo como: “este homem Jesus é um pobre amaldiçoado que não entende nada de dinheiro” ou “não tem nem um centavo e quer dar lição a nós?”
Jesus então diz a eles: “vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os corações de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos olhos de Deus” (v. 15). O corajoso Jesus fala na cara deles e não pelas costas. E o que Jesus diz? Que eles, os fariseus, eram pessoas que ficavam se autojustificando diante dos homens. Eles diziam aos homens: “somos ricos porque Deus nos abençoou”, “nós devemos ser exemplos de fé para vocês, pois tudo dá certo conosco” ou “nós somos realmente espirituais, veja quantas bênçãos materiais nós ganhamos”. Hoje, muitos pastores, bispos e missionários dizem e ensinam as mesmas coisas que os fariseus. Os homens olhavam os fariseus e, como só enxergavam o exterior, deixavam-se enganar. Mas Deus, que conhece o interior, não se engana e sabe que o que eles amam é o dinheiro. Jesus conclui dizendo que certas atitudes humanas parecem de alto valor perante os homens que não conseguem discernir senão atos exteriores. Mas, para Deus, estas “atitudes de alto valor” são puro fedor, abominação. Deus sente o “cheiro” de nossos atos porque ele vê o coração o tempo todo. Deus sabe quando amamos o dinheiro mais do que a ele. Deus conhece as motivações secretas que nos levam a fazer as coisas.
Nesta sociedade consumista e capitalista em que vivemos, onde o dinheiro compra tudo, não venda sua honra, seu nome, seus relacionamentos e sua vida para ter mais e mais dinheiro. Que o dinheiro seja seu servo e não seu dono. Quer você tenha muito ou pouco, faça bom uso dele. Que sua vida seja de submissão completa a Jesus, incluindo dinheiro e bens.

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