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Lucas 18.31-34 - SOFRIMENTO E GLÓRIA


SOFRIMENTO E GLÓRIA

A grande jornada de Jesus iniciada em Lucas 9.51 estava chegando ao fim, pois eles estavam chegando em Jerusalém na época da Páscoa. Na jornada, Jesus evangelizou, pregou, ensinou, curou, expulsou demônios. Fez o bem e evangelizou por onde passou. Mas, o mais importante, ainda estava por vir. Jesus sabia que o aguardava sofrimento e glória em Lucas 18.31-34.
Jesus estava chegando perto de uma cidade chamada Jericó. Dali para Jerusalém era cerca de 25 Km. Veja o que ocorre: “Tomando Jesus consigo os doze, disse-lhes: ‘Eis que subimos a Jerusalém e se cumprirá no Filho do homem tudo que pelos profetas foi escrito’” (v. 31). Jesus chama somente os doze apóstolos para que eles ouçam a solene declaração que ele vai dar sobre o seu futuro imediato. Por que só eles? Porque eles seriam as testemunhas de tudo que aconteceu e o futuro fundamento de sua igreja. Era necessário que eles soubessem de tudo antes de acontecer. Era necessário que, tudo que acontecesse com Jesus, fosse em Jerusalém. Além de capital, Jerusalém era a cidade sagrada dos judeus, pois o templo santo estava nela e a cidade era a escolhida por Deus para que ali se cultuasse seu nome no Antigo Testamento. O que Jesus diz é que, nesta cidade, se cumprirão todas as profecias do Antigo Testamento sobre ele. Observe o que está implícito na declaração de Jesus neste v. 31: a) Jesus afirma que ele é o Filho do homem; b) todo o Antigo Testamento fala dele; c) sua morte é o evento crucial da revelação de Deus. Jesus é o centro de convergência de toda a Escritura: Antigo e Novo Testamentos falam dele! Um Testamento profetiza, o outro diz que foi cumprido!
Jesus continua: “Pois será entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e depois de o açoitarem, o matarão” (v. 32,33a). Uma série de sofrimentos aguarda Jesus em Jerusalém. O primeiro é que Israel, o povo que deveria recebê-lo de braços abertos como seu Messias, vai rejeitá-lo e entregá-lo à morte pelos gentios. Israel e os gentios se unirão para matar Jesus. Pobre povo de Israel que trocou sua primogenitura por um prato de lentilhas! O segundo sofrimento é que ele será ridicularizado, zombado, escarnecido. Este é o tipo de sofrimento que advém quando alguém humilha outra pessoa. Outro tipo é que será injuriado, ultrajado e sofrerá com mentiras e tratamentos de violência. Como parte de tudo isto, cuspirão nele. A cuspida é a atitude que melhor expressa toda a desconsideração de uma pessoa pela outra. A pessoa que efetua a cusparada considera o outro como um ser abjeto. Imaginem a cena de Jesus recebendo cusparadas de várias pessoas. Não é triste? E agora vêm os sofrimentos mais terríveis. Eles o açoitarão com fúria. Baterão nele sem dó, como um perigoso criminoso. Finalmente, depois de todo este terror e dor, o matarão. Matarão o Autor da vida! Jesus sofreria em todos os sentidos, antes de ser assassinado: física, emocional e socialmente. Ele falou com antecedência de todo seu sofrimento e não fugiu dele para que se cumprisse Isaías 53.5,7: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados [...] Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca”. Bendito Jesus, Cordeiro de Deus!
Mas esta não é uma história de terror, é uma história de glória. Veja o que acontece depois de tanto sofrimento: “E ao terceiro dia ressurgirá” (v. 33b). Vitória! Vitória! Ele ressuscitará no terceiro dia. A glória suplantou o terror. A vida venceu a morte. Veja o que o próprio Jesus diz em Apocalipse 1.18: “fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos”. Ao sofrer, morrer e ressuscitar, Jesus cumpriu sua missão de salvação profetizada no Antigo Testamento para toda a humanidade.
E os apóstolos que ouviram isto, como reagiram? “Mas eles não entenderam nada disto; essas palavras lhes eram obscuras, e não percebiam o que se lhes dizia” (v. 34). Por que não entenderam nada? Porque tinham a ideia judaica de um Messias poderoso, guerreiro e vencedor. Talvez acreditassem que o poder do Mestre o livraria de qualquer situação ruim. Eles pensavam que, com Jesus, só teriam vitória. Nem seus próprios apóstolos e amigos conseguiam ajudar Jesus nesta caminhada de dor. Jesus iria só, enfrentaria sozinho seu sofrimento. Ninguém o ajudaria! E assim foi a ovelha muda.
Ao enfrentar os seus sofrimentos em nosso favor, Jesus foi sozinho. Ninguém o ajudou, ninguém o entendeu, ninguém lhe estendeu a mão. Ao receber a glória na ressurreição, reparte-a magnanimamente conosco. Leitor: quem é este Jesus que sofre sozinho por nós e reparte a glória com todos? Não vale a pena viver a sua vida para ele? Não vale a pena ser um seguidor dele?

2 comentários:

  1. DEUS TE ABENÇOE AMADO PASTOR E IRMÃO EM CRISTO. MUITO PROVEITOSO O ARTIGO À RESPEITO DO NOSSO SENHOR E SALVADOR JESU CRISTO.
    PEDRO LUIZ U L NOGUEIRA, SERVO DO ALTÍSSIMO.

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  2. Como é lindo e vivificante o evangelho do Senhor Jesus. Como meu espírito renova ao ler sobre Jesus. Obrigado pastor, linda exegese muito edificante. Meu Senhor mesmo só, faz grandes milagres, aleluia!

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