Pesquisar neste blog

Lucas 20.9-19 - A PEDRA REJEITADA TORNA-SE CABEÇA DO POVO DE DEUS


OS EMBATES DO REI/MESSIAS JESUS COM A LIDERANÇA RELIGIOSA DE ISRAEL (2ª Parte)
A PEDRA REJEITADA TORNA-SE CABEÇA DO POVO DE DEUS

Jesus está nas escadarias do templo ensinando uma enorme multidão. Ocorre a discussão acerca da autoridade de Jesus (20.1-8) e a liderança religiosa ainda permanece ali quando Jesus conta a parábola que está em Lucas 20.9-19.
Então ele começou a contar ao povo esta parábola: ‘Um homem plantou uma vinha, arrendou-a a uns agricultores e ausentou-se do país por muito tempo” (v. 9). Quando Jesus diz que um homem plantou uma vinha, os líderes logo lembraram-se de Isaías 5, onde Israel é a vinha e Deus a planta e cuida dela, mas ela não dá bons frutos. A vinha é do homem que a plantou e ele a arrendou porque iria morar em outro país por um bom tempo. “No devido tempo, mandou um servo aos agricultores, para que lhe dessem frutos da vinha; mas os agricultores o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias” (v. 10). No tempo certo, o dono enviou um servo autorizado para receber o pagamento pelo arrendamento. Os lavradores fizeram tudo maldosamente: bateram muito no servo e mandaram-no de volta sem nada. “De novo, enviou-lhes outro servo; mas eles o espancaram também, e insultando-o, mandaram-no de volta de mãos vazias. Mandou ainda o terceiro; mas eles também o feriram e o expulsaram” (v. 11,12). O dono mandou ainda dois servos, mas, a cada vez, os agricultores agiram de modo mais violento. A mesma coisa aconteceu com o povo de Israel. O Senhor enviou seus profetas para anunciar o arrependimento a seu povo, mas veja o que aconteceu: “O Senhor, Deus de seus pais, falou-lhes insistentemente por intermédio de seus mensageiros, porque se compadeceu de seu povo e da sua habitação. Porém, eles zombavam dos mensageiros de Deus, desprezando suas palavras e ridicularizando seus profetas, até que o furor do Senhor aumentou tanto contra seu povo, que não havia mais remédio” (2º Crônicas 36.15,16).
O dono tinha de tomar uma atitude. Normalmente, este seria o momento de usar da força para restabelecer seu direito. Mas veja o que acontece: “Disse então o dono da vinha: ‘Que farei? Mandarei meu filho amado; talvez eles o respeitem’” (v. 13). O dono da vinha é muito tolerante. Ele resolve mandar seu filho, a quem ama muito, pensando que, talvez, o respeitem e lhe paguem o devido valor do arrendamento. “Mas quando os agricultores o viram, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo, para que a herança seja nossa” (v. 14). Os lavradores eram maus e, conversando entre eles, decidiram matar o filho para se apossar das terras que não lhes pertenciam. “E, atirando-o fora da vinha, eles o mataram [...]” (v. 15). A maldade dos agricultores se concretizou no assassinato do filho do dono. Quando o dono souber da morte de seu filho, o que fará? “[...] Que lhes fará então o dono da vinha? Virá e destruirá esses agricultores, e dará a vinha a outros [...]” (v. 15,16). O dono virá e matará aqueles agricultores, o que na época, seria correto. A vinha seria arrendada a outras pessoas. Na visão de Jesus, e a liderança religiosa sabia disto, esta mudança significava que o Reino de Deus passaria de Israel para os gentios. E esta era uma mudança drástica, nunca imaginada pelos judeus.
Quando Jesus termina a parábola: “[...]  Ouvindo eles isso, disseram: ‘Que isso não aconteça’” (v. 16). Com certeza, quem disse isto foram os líderes de Israel que perceberam com muita clareza o que Jesus estava dizendo. Eles entenderam, pela parábola, que Jesus era o filho amado de Deus e o reino seria tirado deles. Eles não queriam perder o Reino, pois era fonte de renda para eles. Veja como Jesus reage: “Mas, olhando fixamente para eles, Jesus disse: ‘Então, que quer dizer isto que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular?” (v. 17). Jesus olha fixamente para a liderança religiosa de Israel. Pergunta a eles que disseram “que isso não aconteça”, o que significava o Salmo 118.22, que ele cita integralmente e afirma que já estava escrito o que iria acontecer. A principal pedra da construção do Reino de Deus foi rejeitada pelos edificadores de Israel. Esta pedra rejeitada foi posta por Deus na principal posição do povo de Deus, que abarca judeus e gentios que creem. A pedra principal é Jesus, o filho amado de Deus, que em si reúne todos aqueles que pertencem a Deus. Jesus completa com o v. 18: “Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado; e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó”. Nesta posição que Jesus ocupa de pedra principal do edifício de Deus, a igreja, ele é invencível. Ninguém pode derrotá-lo. Se alguém cair sobre a pedra, será despedaçado; se ela cair sobre alguém, tal pessoa vai virar pó e ser levada pelo vento. Na história, todos que se levantaram contra Cristo, nada são hoje. Eles viraram pó na história, mas Cristo continua transformando pessoas, salvando vidas, fazendo do mundo um lugar melhor. Podem perseguir Jesus e seu povo o quanto quiserem, Jesus é invencível.
Na mesma hora, os escribas e principais sacerdotes, percebendo que ele havia proferido esta parábola contra eles, tentaram prendê-lo, mas ficaram com medo do povo” (v. 19). Escribas e alto clero sacerdotal não creram em Jesus, tinham ódio dele. Queriam prendê-lo ali mesmo, mas tinham medo do povo. Não era a primeira vez que o povo “salvava” Jesus da prisão. Esta liderança entendeu que a parábola de Cristo era contra eles, decidiram seguir sua religiosidade mofada e se tornaram inimigos do filho amado.
A morte de Jesus, que parecia ser derrota e fraqueza total, transformou-o em salvador invencível. Ninguém derrotará Jesus Cristo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário