OS EMBATES DO
REI/MESSIAS JESUS COM A LIDERANÇA RELIGIOSA DE ISRAEL (2ª Parte)
A PEDRA REJEITADA
TORNA-SE CABEÇA DO POVO DE DEUS
Jesus está nas
escadarias do templo ensinando uma enorme multidão. Ocorre a discussão acerca
da autoridade de Jesus (20.1-8) e a liderança religiosa ainda permanece ali
quando Jesus conta a parábola que está em Lucas
20.9-19.
“Então ele começou a contar ao povo esta parábola: ‘Um homem
plantou uma vinha, arrendou-a a uns agricultores e ausentou-se do país por
muito tempo” (v. 9). Quando Jesus diz que um homem plantou uma vinha, os
líderes logo lembraram-se de Isaías 5, onde Israel é a vinha e Deus a planta e
cuida dela, mas ela não dá bons frutos. A vinha é do homem que a plantou e ele a
arrendou porque iria morar em outro país por um bom tempo. “No devido tempo, mandou um servo aos agricultores, para que
lhe dessem frutos da vinha; mas os agricultores o espancaram e o mandaram
embora de mãos vazias” (v. 10). No tempo certo, o dono enviou um servo
autorizado para receber o pagamento pelo arrendamento. Os lavradores fizeram
tudo maldosamente: bateram muito no servo e mandaram-no de volta sem nada. “De novo, enviou-lhes outro servo; mas eles o espancaram
também, e insultando-o, mandaram-no de volta de mãos vazias. Mandou ainda o
terceiro; mas eles também o feriram e o expulsaram” (v. 11,12). O dono
mandou ainda dois servos, mas, a cada vez, os agricultores agiram de modo mais
violento. A mesma coisa aconteceu com o povo de Israel. O Senhor enviou seus
profetas para anunciar o arrependimento a seu povo, mas veja o que aconteceu: “O Senhor, Deus de seus pais, falou-lhes insistentemente
por intermédio de seus mensageiros, porque se compadeceu de seu povo e da sua
habitação. Porém, eles zombavam dos mensageiros de Deus, desprezando suas
palavras e ridicularizando seus profetas, até que o furor do Senhor aumentou
tanto contra seu povo, que não havia mais remédio” (2º Crônicas
36.15,16).
O dono tinha de
tomar uma atitude. Normalmente, este seria o momento de usar da força para
restabelecer seu direito. Mas veja o que acontece: “Disse
então o dono da vinha: ‘Que farei? Mandarei meu filho amado; talvez eles o
respeitem’” (v. 13). O dono da vinha é muito tolerante. Ele resolve
mandar seu filho, a quem ama muito, pensando que, talvez, o respeitem e lhe
paguem o devido valor do arrendamento. “Mas quando os
agricultores o viram, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo,
para que a herança seja nossa” (v. 14). Os lavradores eram maus e,
conversando entre eles, decidiram matar o filho para se apossar das terras que
não lhes pertenciam. “E, atirando-o fora da vinha, eles
o mataram [...]” (v. 15). A maldade dos agricultores se concretizou no
assassinato do filho do dono. Quando o dono souber da morte de seu filho, o que
fará? “[...] Que lhes fará então o dono da vinha? Virá
e destruirá esses agricultores, e dará a vinha a outros [...]” (v.
15,16). O dono virá e matará aqueles agricultores, o que na época, seria
correto. A vinha seria arrendada a outras pessoas. Na visão de Jesus, e a
liderança religiosa sabia disto, esta mudança significava que o Reino de Deus
passaria de Israel para os gentios. E esta era uma mudança drástica, nunca
imaginada pelos judeus.
Quando Jesus
termina a parábola: “[...] Ouvindo eles isso, disseram: ‘Que isso não
aconteça’” (v. 16). Com certeza, quem disse isto foram os líderes de
Israel que perceberam com muita clareza o que Jesus estava dizendo. Eles
entenderam, pela parábola, que Jesus era o filho amado de Deus e o reino seria
tirado deles. Eles não queriam perder o Reino, pois era fonte de renda para
eles. Veja como Jesus reage: “Mas, olhando fixamente
para eles, Jesus disse: ‘Então, que quer dizer isto que está escrito: A pedra
que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular?” (v. 17). Jesus
olha fixamente para a liderança religiosa de Israel. Pergunta a eles que
disseram “que isso não aconteça”, o que significava o Salmo 118.22, que ele
cita integralmente e afirma que já estava escrito o que iria acontecer. A
principal pedra da construção do Reino de Deus foi rejeitada pelos edificadores
de Israel. Esta pedra rejeitada foi posta por Deus na principal posição do povo
de Deus, que abarca judeus e gentios que creem. A pedra principal é Jesus, o
filho amado de Deus, que em si reúne todos aqueles que pertencem a Deus. Jesus
completa com o v. 18: “Todo o que cair sobre esta pedra
será despedaçado; e aquele sobre quem ela cair, ficará reduzido a pó”. Nesta
posição que Jesus ocupa de pedra principal do edifício de Deus, a igreja, ele é
invencível. Ninguém pode derrotá-lo. Se alguém cair sobre a pedra, será
despedaçado; se ela cair sobre alguém, tal pessoa vai virar pó e ser levada
pelo vento. Na história, todos que se levantaram contra Cristo, nada são hoje.
Eles viraram pó na história, mas Cristo continua transformando pessoas,
salvando vidas, fazendo do mundo um lugar melhor. Podem perseguir Jesus e seu
povo o quanto quiserem, Jesus é invencível.
“Na mesma hora, os escribas e principais sacerdotes,
percebendo que ele havia proferido esta parábola contra eles, tentaram
prendê-lo, mas ficaram com medo do povo” (v. 19). Escribas e alto clero
sacerdotal não creram em Jesus, tinham ódio dele. Queriam prendê-lo ali mesmo,
mas tinham medo do povo. Não era a primeira vez que o povo “salvava” Jesus da
prisão. Esta liderança entendeu que a parábola de Cristo era contra eles,
decidiram seguir sua religiosidade mofada e se tornaram inimigos do filho
amado.
A morte de Jesus,
que parecia ser derrota e fraqueza total, transformou-o em salvador invencível.
Ninguém derrotará Jesus Cristo!
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