O SERMÃO
ESCATOLÓGICO DE JESUS (6ª Parte)
PERTO ESTÁ NOSSA
REDENÇÃO
Lucas 21 é o
sermão escatológico de Jesus. Ele já havia dito que está tratando de dois
grandes eventos: a destruição do templo de Jerusalém e o fim dos tempos, quando
ele voltará em glória. Disse que, durante a história, seus discípulos não
deviam ser dominados por homens, mas colocar todos à prova. Disse também que,
durante todo o período da história, as catástrofes causadas pela natureza e/ou
pelo homem, sempre matariam muitas pessoas, mas estes eventos não caracterizam
o fim. Jesus afirmou que, durante toda a história, seus discípulos seriam
perseguidos. Afirmou, em relação ao templo de Jerusalém, que ele seria
destruído e deu o sinal para que as pessoas escapassem com vida: o cerco dos
exércitos romanos. Na história, chegará o bem-aventurado dia em que Jesus
Cristo descerá dos céus em grande poder e glória. Será o auge e o fim da
história humana tal qual a conhecemos.
Jesus voltará
novamente à terra. Esta é a gloriosa esperança dos servos de Deus. Mas falou-nos
que, antes de sua volta, haverá sinais como a perseguição contra seus
discípulos e uma angústia sem igual na história humana. Este é o texto de Lucas 21.28-33. Quando estes sinais
forem percebidos pelo povo de Deus, o que eles devem significar? O próprio
Jesus deu as significações.
“Quando estas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai
a cabeça, porque a vossa redenção de aproxima” (v. 28). Os tempos do fim
trarão angústia e medo a quase todos, mas não aos discípulos de Jesus. Estes terão
outras emoções. Neste sentido, há duas ordens de Jesus aos seus. A primeira é
que eles deveriam se colocar de pé em dignidade e com uma alegria exultante. Que
momento feliz saber que o Senhor está prestes a voltar. A segunda ordem é que
os crentes devem erguer a cabeça para os céus, indicando a fé no cumprimento da
promessa que ele fez. Não permita que nenhum sofrimento, ou dor ou perseguição,
tire a certeza de que as promessas dele se cumprirão. A alegria, a dignidade e
a fé nas promessas têm uma razão de ser: a nossa redenção se aproxima. A palavra
redenção significa originalmente a compra de um escravo para fazê-lo livre. Logo,
libertar um escravo. A volta de Jesus será o tempo de sermos libertos de todas
as amarras deste mundo e desfrutarmos da total liberdade que temos em Cristo. Esta
liberdade foi conquistada para nós na cruz do Calvário. Imagine ficar livre
para sempre dos pecados, das limitações desta vida, das tentações, dos medos,
das angústias e todas estas situações que nos acometem na vida. Imagine ser
livre para servir a Jesus com toda a potência de uma vida nova.
Jesus usa então o
exemplo da natureza: “E lhes contou uma parábola: Olhai
para a figueira e todas as árvores; quando começam a brotar, e as observai, vós
mesmos sabeis que o verão já está próximo” (v. 30-31). A natureza das
árvores indica as estações. Quando folhas e brotos começam a aparecer, o verão
está próximo. “Da mesma forma, quando virdes estas
coisas acontecerem, sabei que o reino de Deus está próximo” (v. 32). Mesmo
as coisas ruins, citadas por Jesus, transformam-se em sinais de esperança. Sofrimentos
diferentes virão sobre salvos e perdidos. O que diferencia um e outro é que o
salvo vê no sofrimento um sinal de esperança. Isto lhe dá uma alegria interior
que ninguém ou nada a poderá tirar. Ao mesmo tempo, o salvo, mesmo diante do
sofrimento, vai continuar servindo o seu próximo com amor, pois é da natureza
do reino de Deus abençoar as pessoas. E é exatamente este Reino que está vindo
com poder e glória e então será estabelecido sobre toda a terra. E Jesus
continua: “Em verdade vos digo que esta geração não passará
sem que tudo isto aconteça” (v. 32). A frase de Jesus aqui tem duplo
sentido. Como ele está falando tanto da queda de Jerusalém quanto da sua volta,
o sentido primeiro é em relação à queda de Jerusalém. Se alguém com vinte anos
de idade estivesse ouvindo suas palavras, teria sessenta quando veria o cumprimento
sobre a destruição do templo de Jerusalém. Ou seja, esta geração! Mas Jesus, ao
falar de sua segunda vinda, quer nos dizer que os últimos acontecimentos
anteriores a esta vinda, se darão em uma geração só. Haverá uma geração humana
que será a última da história. Esta geração verá a ascendência de um grande
líder mundial chamado, na Bíblia, de Anticristo ou Besta, a grande tribulação
contra os cristãos, a conversão do povo de Israel ao Messias Jesus e o
evangelho ser pregado a todas as etnias. Esta última geração olhará para cima e
verá o Filho do homem vir à terra. Mas é a última geração, pois Jesus vem para pôr
um ponto final na história.
Jesus encerra com
uma frase solene: “Céu e terra passarão, mas as minhas
palavras nunca” (v. 33). Há algo transitório, que vai passar: céus e
terra. O que parece impossível de passar como o cosmos, a terra e a civilização
construída pelo homem, vão passar. Há uma força mais forte do que a solidez
deste planeta. É a mesma força que a criou, mas que, agora, vai fazê-la passar
e já não existir mais da mesma forma. Mas há algo que permanece para sempre e
nunca passa: as palavras e promessas de Jesus Cristo! Elas se imporão como
verdade por toda a eternidade. Sendo assim, você pode confiar em tudo que Jesus
disse no seu evangelho. Tudo será cumprido.
Não se apegue a
esta vida e ao que você vê. A terra está em transe e vai passar. Tudo que você vê
de muito sólido, um dia será fumaça no ar. Neste dia, só prosperará aquele que
se apegou a Jesus Cristo e fez dele uma rocha na qual colocou seus pés e
construiu a casa de sua existência. Só ficará aquele que confiou nas promessas
de eternidade dele. Seja um destes!
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