AS PROMESSAS
DE DEUS SE CUMPREM
Como você prepararia um encontro com uma
pessoa importante que viesse lhe visitar? Arrumaria um lugar bonito? Informaria
a mídia ou seus amigos? Qual roupa você usaria? Gastaria um bom dinheiro nesse
encontro? Outro tipo de pergunta: se você e seu cônjuge estivessem grávidos,
como preparariam o nascimento de seu filho? Negociariam com o hospital? Acertariam
com o médico do pré-natal para fazer o parto? Preparariam um quarto muito
bonito para a chegada do filho? Avisariam todos os parentes e amigos quando a
hora chegasse? A resposta a todas estas perguntas é um sonoro “sim”! O texto de
Lucas 2.1-7 nos fala do nascimento
da pessoa mais importante de toda a história humana. Mas, por incrível que
pareça, o nascimento dele fugiu de todas as expectativas humanas e foi o
contrário do que qualquer um de nós imaginaria.
Nos
dias da gravidez de Maria, César Augusto (27 aC – 14 dC), o poderoso imperador
de todo mundo romano, emite um decreto de recenseamento (v. 1). Deus está
movendo o coração do homem mais poderoso do mundo para afetar o nascimento de
Jesus, obrigando uma mulher grávida e seu marido a fazer uma viagem de 100 Km.
Lucas nos dá mais informações sobre os homens poderosos daquela época (v. 2).
Observe que o cristianismo não é uma religião de filosofia ou autoajuda mas
baseia-se em fatos históricos.
No
decreto, cada um tinha de ir à sua cidade de origem (v. 3). Lá vai José, de
Nazaré (cidade onde vivia) na Galiléia para Belém (cidade onde nascera) na
Judéia (v. 4). Tanto ele quanto sua Maria eram descendentes da casa do rei
Davi, que era de Belém. Muitas profecias do Antigo Testamento estão se
cumprindo sem que ninguém perceba: 1) o Messias seria um descendente do rei
Davi (II Samuel 7.16); 2) o Messias nasceria em Belém (Miquéias 5.2). Ele foi
com Maria, que estava grávida (v. 5). Por que? Não sabemos, mas esta foi sua
decisão. Estavam casados há poucos meses mas não tinham se ajuntado sexualmente
porque ele estava ciente de tudo o que o anjo havia dito a Maria e, ele
próprio, fora avisado acerca daquele filho (Mateus 1.18-25). Outra profecia se
cumprindo: o Messias nasceria de uma virgem (Isaías 7.14).
Belém estava cheia de gente e eles não
encontraram um quarto ou pousada para ficar. Tiveram que se contentar com a
bondade de alguém que lhes ofereceu um curral para este humilde casal. Enquanto
estavam ali, chegou o tempo da criança nascer (v. 6). A concepção de Jesus foi
milagrosa, operada pelo Espírito Santo mas seu nascimento foi natural. Em toda
simplicidade, na força de um parto, nasceu Jesus, o Messias de Deus, o Salvador
do mundo (v. 7). Ele recebe os cuidados, com muito amor, de sua mãe. Ela o
enfaixa com panos para protegê-lo, pois eram pobres. Seu berço foi uma espécie
de gamela, que era o lugar onde os animais comiam. O texto diz que estavam ali
porque não havia lugar para eles na estalagem. Veja, o homem mais importante do
mundo nasce de pais pobres, no pior lugar possível (um curral), sem ninguém dar
importância e sem nenhum preparativo. O que Deus quer nos dizer com isto?
Afirmo que todos os pobres, esquecidos, sofridos, quebrados, oprimidos e
desamparados podem olhar para este menino e dizer: “ele nos pertence, pois é um
de nós”! Do ponto de vista humano, o nascimento de Jesus foi uma vergonha. Do
ponto de vista divino, foi um estrondoso acontecimento cheio de glória e
majestade. Mais uma vez, Deus inverteu a lógica humana. No nascimento de Jesus,
Deus cumpriu todas as promessas que fez acerca dele. Isso foi importante.
Digo a você, leitor, que o Reino de Deus
se manifesta com muito poder nas coisas simples e escondidas aos olhos da fama:
numa conversa entre duas pessoas, numa oração feita em um quarto, no
compartilhar de um almoço, no ombro amigo para chorar, no ensino de matemática
a um amigo que vai prestar vestibular, no aconselhamento a um casal em briga,
num culto em uma pequena igreja, num cheque que ajuda a pagar uma dívida, num
menino que nasce num curral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário