A PORTA ESTREITA (2ª Parte)
OS RELIGIOSOS QUE PENSAM SER DISCÍPULOS
Há pessoas que
vivem na prática da injustiça. Exemplos disto são os criminosos contumazes e os
de facção criminosa. Mas há outras pessoas que parecem ser justas e religiosas
e que gostam de praticar a injustiça e a iniquidade: uma senhora que é
filantropa, mas que vive falando mal de todos; um homem que é trabalhador, mas
se diverte com pornografia infantil. Continuando seu ensino da porta estreita
que leva à salvação, Jesus fala acerca daquele que não se esforçou por entrar
por ela em Lucas 13.25-27.
Segundo Jesus, a
porta estreita está aberta e os homens devem se esforçar por entrar nela a fim
de chegar à salvação ou o Reino de Deus (v. 27). Jesus continua: “quando o dono
da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e
pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’. Ele, porém, responderá: ‘não os conheço,
nem sei de onde são vocês’” (v. 25). Jesus abriu a porta estreita para que os
homens entrem por ela e sejam salvos. A porta estreita é o discipulado de
Jesus. Chegará o tempo em que o mesmo Jesus que a abriu, irá fechá-la. Isto significa
que a oportunidade de salvação vai terminar. Individualmente, isto se dá quando
uma pessoa morre. A morte cessa a possibilidade de salvação. Para a humanidade,
isto ocorrerá quando o Senhor Jesus voltar pela segunda vez. Quando a porta for
fechada, do lado de fora ficarão muitos que se diziam israelitas ou se diziam
cristãos. Com a porta fechada, eles desejarão entrar e baterão nela, mas não
conseguirão. A resposta do dono da casa, que é Jesus, é muito simples: “não
conheço vocês”. Jesus não teve relacionamento pessoal de vida com estas
pessoas. Elas eram pessoas religiosas e cristãs, mas não fizeram parte dos
discípulos de Jesus. Prezado leitor, não adianta você ter prática religiosa de
evangélico, católico ou espírita, se não relacionar-se pessoalmente com Jesus
por toda a vida. Seu rótulo religioso vai lhe enganar, porque você vai ficar do
lado de fora.
Jesus continua: “então
vocês dirão: ‘comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’” (v. 26). Os
que ficarem de fora perguntarão a Jesus: “como não nos conhece?”. E alistarão
dois exemplos do conhecimento: comeram e beberam com ele e ele ensinou nas suas
ruas. Veja que Jesus fez isto com o povo de Israel em sua época. Mas os
cristãos de hoje podem dizer a mesma coisa. De fato, toda esta gente
(israelitas ontem e cristãos hoje) tiveram proximidade física com Jesus, mas não
a intimidade pessoal que caracteriza a amizade e o amor.
Novamente,
responde o dono da casa/Jesus: “mas ele responderá: ‘não os conheço, nem sei de
onde vocês são. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal’” (v. 27). Jesus
responde da mesma forma que da outra vez e faz um acréscimo importante. As
pessoas que vão ficar de fora são aquelas que, além de não ter conhecimento
pessoal e íntimo com ele, também praticam o mal ou a injustiça. No sentido
original, essas pessoas eram trabalhadoras em praticar atitudes más. Quando você
descumpre os mandamentos de Cristo (ex.: perdoar quem te prejudicou, pedir o
perdão a quem você prejudicou, amar, ajudar, falar o bem a quem fala mal de você,
entre outros) e determinadamente pratica o mal, então você demonstra que não
está passando pela porta estreita, que não está sendo discípulo de Jesus. Quem
é discípulo luta para vencer qualquer tipo de mal e assume uma vida de
integridade e de prática da justiça. Veja a ordem que Jesus dará a estas
pessoas no dia em que a porta estreita for fechada: “afastem-se de mim, não
quero mais contato com vocês”. Estas são palavras muito duras ditas por alguém que
os amou e deixou a porta aberta. Mas a culpa por ouvir estas palavras é deles
não quiseram entrar.
Leitor: você vai
entrar pela porta estreita hoje e habitar com Jesus, deixando que ele vá
transformando sua vida? Ou vai viver do lado de fora, cometendo pequenas coisas
erradas (todo mundo faz isto, não é?) e usando rótulos religiosos e esforços
pessoais para se desculpar? A porta estreita ainda está aberta para você. Entre
por ela!
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