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Lucas 13.31-32 - UMA DESPREZÍVEL RAPOSA NÃO DETÉM O SALVADOR

UMA DESPREZÍVEL RAPOSA NÃO DETÉM O SALVADOR

Jesus ensinou seus discípulos que, para ser salvos, tinham de passar pela porta estreita. Mas ele próprio teve sua porta estreita, pois a obra de salvação que ele iria realizar passava pela tortura da cruz e sua posterior ressurreição. Confrontado com uma ameaça feita pelo rei Herodes Antipas, o tetrarca, ele avalia sua missão em Lucas 13.31-32.
Jesus acabara de falar sobre a porta estreita (v. 22-30), quando chegaram alguns fariseus. Eles deram um recado da parte do rei Herodes para Jesus. Não sabemos se eles foram mandados por Herodes ou não. O recado era o seguinte: “saia e vá embora daqui, pois Herodes quer matá-lo” (v. 31). Este Herodes Antipas era filho do rei Herodes, o Grande, que foi rei da Judéia nos dias do nascimento de Jesus e mandou matar as crianças de Belém. Herodes Antipas, também conhecido como o tetrarca, reinava sobre as regiões da Galiléia e Peréia e foi ele que mandou matar João Batista. Agora, o sanguinário Herodes Antipas estava ameaçando Jesus de morte e a ordem era que ele saísse imediatamente da Galiléia. Os fariseus estavam querendo dizer a Jesus que ele salvasse sua vida da morte.
Jesus responde aos fariseus da seguinte maneira: “vão dizer àquela raposa: expulsarei demônios e curarei o povo hoje e amanhã, e no terceiro dia estarei pronto” (v. 32). Jesus manda que eles voltem e digam o seu recado a Herodes. Mas chama Herodes de “raposa”. Esta é uma crítica política de Jesus a esta autoridade. Naquela época, chamar alguém de raposa significava que a pessoa era astuta, ardilosa em seu comportamento e que era uma pessoa desprezível, insignificante e sem valor. Ou seja, Jesus considerava Herodes uma autoridade desprezível. Aqui preciso dizer algo importante sobre a relação dos cristãos com a política. Em sua vida terrena, Jesus não fazia críticas ou lutava contra os autoritarismos de sua época (o domínio do Império Romano sobre Israel, o autoritarismo tanto de Pilatos quanto do rei Herodes). Sua missão que era focada em morrer para salvar o ser humano e também a visão politizada do Messias em Israel, não lhe permitiu desenvolver uma crítica e uma ação política mais visíveis. No entanto, este texto é uma crítica política a um governante. Jesus está nos ensinando a ter posições políticas e a expressá-las. Logo, os seguidores de Jesus podem e devem fazer críticas e ações de cunho político. Ao agir politicamente, devemos respeitar os princípios do evangelho que cremos. O que não podemos ser é violentos, promovendo quebra-quebra e saques, pois em tudo devemos respeitar o outro e a sociedade.
Qual era a missão terrena de Jesus? Expulsar demônios e curar o povo. Jesus estava dizendo que exercia autoridade sobre o povo para abençoá-lo e ajudá-lo. Ele não veio para governar politicamente. Ele veio para transformar a vida dos homens. Atuar na política e fazer ação social são atitudes ótimas, mas quem vai fazer mudança real nos homens é o Senhor Jesus Cristo. Por causa disto, junto com boa ação política e com a ajuda ao povo, os cristãos devem também evangelizar.
Jesus continua a dizer em seu recado a Herodes que fará sua missão hoje e amanhã e no terceiro dia estará aperfeiçoado (esta é melhor tradução do que a palavra “pronto”). O que ele está dizendo é que, em breve tempo, ele vai terminar sua missão. É uma questão de poucos dias para que ele morra em Jerusalém. Mas, a menção ao terceiro dia significa que Jesus sabe que sua missão não termina na morte, mas na gloriosa ressurreição! O aperfeiçoamento na ressurreição significa que sua missão será bem sucedida. Ele veio para nos salvar e cumpriu integralmente sua missão.

Glórias a você, Senhor Jesus, porque morreu por nós, mas é vencedor sobre todas as coisas. Os seus feitos são grandes, Jesus de Nazaré, e você é digno de receber toda a honra, louvor, tributo e adoração de nós, pobres seres humanos. Foi pelo seu amor e sua persistência que agora estamos salvos e libertos. Pra sempre seja louvado, Jesus Cristo, Filho de Deus.

16 comentários:

  1. Graça e paz, que o Deus da paz nós conduza em tudo.

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  2. Explicação muito boa dessa parábola.

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  3. Nos dias de hoje vivemos muitas restrições, até Igrejas fecharam e ditaram as regras das mesmas,e este texto explica o nosso comportamento diante do autoritarismo das raposas...parabéns pelo excelente texto elucidativo.

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  4. Texto bem elaborado e muito coeso, também da uma ênfase no termo usado "pronto'.

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  5. Muito boa exposição, amado irmão!! Abs.

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  6. Jesus sim criticou a política , más não se envolveu,pois deixou claro que ,seu reino não era desse mundo.

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  7. Excelente comentário, e bem aplicado 🙏🏽

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