JERUSALÉM: A CIDADE QUE REJEITOU JESUS
No Antigo
Testamento, Deus fez uma aliança com o povo de Israel. Desde o tempo em que o
rei Davi conquistou a cidade de Jerusalém e fez dela a capital do País, esta
cidade tem sido o símbolo desta aliança. Ali ficava o trono de Israel e o
templo. Mas Israel rejeitou a aliança, vez após vez. Acerca desta atitude de
Israel, o cronista escreveu: “o Senhor, o Deus de seus antepassados,
advertiu-os várias vezes por meio de seus mensageiros, pois ele tinha compaixão
de seu povo e do lugar de sua habitação (Jerusalém). Mas eles zombaram dos
mensageiros de Deus, desprezaram as palavras deles e expuseram ao ridículo os
seus profetas, até que a ira do Senhor se levantou contra seu povo, e já não
houve remédio” (2º Crônicas 36.15-16). Muitas foram as misericórdias de Deus
com seu povo, até que ele enviasse seu Filho. Veja como o Filho profetiza
acerca de Jerusalém/Israel em Lucas 13.33-35.
No v. 33, Jesus
diz: “mas preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã, pois certamente
nenhum profeta deve morrer fora de Jerusalém!”. Jesus segue sua jornada em
direção a Jerusalém, que começara em Lucas 9.51. Novamente, ele cita uma
jornada de três dias. Jesus anuncia sua morte em Jerusalém ao final da jornada
e diz que um profeta deve morrer na cidade de Jerusalém. Ele está se referindo
à história de Jerusalém e Israel como vimos na introdução e também fala de sua
morte. Jesus está consciente e determinado a morrer em Jerusalém.
Continua Jesus agora
a falar de Jerusalém, a capital de Israel: “Jerusalém, Jerusalém, você, que
mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis
reunir os seus filhos como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas
asas, mas vocês não quiseram.” (v. 34). Jerusalém era para ser a cidade de
Deus. Yahweh (Jeová) reinaria sobre seu povo a partir dela. Mas a grande cidade
de Jerusalém tornou-se assassina de profetas e de quem Yahweh enviou. Como
explicar tamanha ingratidão de uma cidade com seu Deus bondoso? “Quantas vezes?”,
pergunta Jesus. Aqui ele fala como o Deus Eterno que era. No Antigo Testamento
e em sua vida terrena, Jesus desejou e lutou para ter Jerusalém/Israel em torno
dele. O exemplo da galinha com os pintinhos é para mostrar que o convite de
Jesus sempre foi de ternura, misericórdia, para proteger, para viver juntos,
para desfrutar de amor mútuo. Mesmo com toda ingratidão, Jesus ama Jerusalém e
por isto lança este grito de dor. Mas a resposta de Jerusalém sempre foi dura e
inflexível: “não quero”. Perderam a oportunidade de alcançar a bem-aventurança!
Ainda hoje é assim: o convite do evangelho de Jesus é oferecido a todos os
homens. Quem não aceita o convite responde com incredulidade e distanciamento.
Será você, leitor, um destes?
Qual o resultado
da recusa de Jerusalém? “Eis que a casa de vocês ficará deserta. Eu lhes digo
que vocês não me verão mais até que digam: ‘bendito o que vem em nome do Senhor’”
(v. 35). Eles foram abandonados por Yahweh. No ano 70 d.C., o general Tito
tomou Jerusalém e a destruiu completamente. Pôs abaixo o templo e os muros da
cidade, matou muitas pessoas e promoveu um exílio forçado dos moradores em
fuga. Jerusalém ficou deserta e em ruínas. O resultado da recusa do convite de
Jesus é que as pessoas são abandonadas por Deus (leia Romanos 1.24,26,28).
Mesmo pecador, aproxime-se de Deus nem, que seja para pedir perdão. Mas Jesus
também disse que eles só o veriam novamente quando disserem “bendito” para ele.
Há duas formas de cumprimento desta profecia. A primeira é considerar como
cumprimento a entrada de Jesus em Jerusalém, algumas semanas depois, na qual o
povo simples gritou para ele: “os que iam adiante dele e os que seguiam
gritavam: ‘hosana’, ‘bendito é o que vem em nome do Senhor’” (Marcos 11.9). A
segunda forma de cumprimento, que eu prefiro, é para o futuro: antes da segunda
vinda de Jesus Cristo, Jerusalém/Israel se converterá a ele, de coração
sincero, pois “e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: ‘virá de
Sião (Jerusalém) o redentor, que desviará de Jacó a impiedade’” (Romanos
11.26).
Assim como fez
com Jerusalém, Jesus não se cansa de nos chamar para si a fim de que fiquemos
aninhados sob suas asas: “venham a mim, todos que estão cansados e
sobrecarregados e eu lhes darei descanso” (Mateus 11.28). Ou você vai para
perto de Jesus ou distancia-se dele com indiferença. Se escolher o
distanciamento, ficará desesperado e só. Se correr para ele, ele lhe acolherá e
você estará salvo, protegido.
Bendito Dios
ResponderExcluir